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Suzano (SUZB3) pode arriscar ganhos após balanço positivo; veja o potencial

28 jul 2022, 11:48 - atualizado em 28 jul 2022, 11:48
Suzano
Suzano divulga resultados acima das expectativas no 2T22. Saiba o quanto a ação ainda pode valorizar em 12 meses. (Imagem: Youtube/Suzano)

A Suzano (SUZB3) pode arriscar ganhos nos próximos meses, mas opera instável nesta quinta-feira (28).

O mercado tem uma boa percepção sobre os números aposentados pela companhia de papel & celulose no segundo trimestre (2T22).

A Suzano ainda segue beneficiada por fundamentos sólidos e, mesmo com maiores despesas operacionais, a companhia é capaz de entregar maior geração de caixa, de acordo com a Ativa Investimentos.

A corretora reitera a recomendação de compra para a Suzano, com preço-alvo de R$ 75 em 12 meses, implicando em potencial de valorização de 60%.

“Em meio a maiores volumes de vendas e preços de celulose e papel neste 2T22, a companhia registrou a sua maior geração de caixa por tonelada para um trimestre”, destacam os analistas Ilan Arbetman e Tadeu Lourenço.

Por volta das 11h15 (horário de Brasília), as ações ordinárias da Suzano devolveram os ganhos na abertura e passaram a cair 0,7%, a R$ 46,52.

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Balanço

A Suzano  terminou o segundo trimestre de 2022 com lucro líquido consolidado de R$ 182 milhões, de acordo com os dados financeiros e operacionais divulgados pela companhia nesta quarta-feira (27).

Mesmo com o impacto de um resultado financeiro negativo de R$ 6,9 bilhões devido ao aumento da despesa de juros e desvalorização do real frente ao dólar de 11% — que impulsionou a dívida em moeda estrangeira —, a linha de imposto de renda e contribuição social positiva em R$ 2,5 bilhões mitigou os impactos e fez com que a companhia apresentasse lucro ao invés de prejuízo líquido.

A Eleven Financial considera o balanço da Suzano positivo e também reitera a recomendação de compra. Estima preço-alvo de R$ 68 em 12 meses, com potencial de valorização de 45%.

Celulose e dividendos

Com um menor efeito de paradas programadas no 2T22 na comparação com os três primeiros meses do ano e a continuidade de restrições na cadeia logística global, a baixa disponibilidade de celulose tem contribuído para a manutenção de maiores preços da commodity.

A Suzano observou uma evolução trimestral de 12% nas suas vendas de celulose e 13% nos preços médios da commodity, o que resultou num avanço de 19% das receitas do segmento no 2T22.

Na visão do BTG Pactual, o valor atual da Suzano no mercado ainda não reflete com precisão os preços de celulose esperados para 2022 na faixa de US$ 750 por tonelada, com uma oferta apertada nos próximos meses.

O banco segue recomendando a compra de Suzano, com preço-alvo de R$ 85 em 12 meses, com potencial de valorização de 86%, além de um dividend yield de 19,8%.

Curto prazo

Na mesma toada, o Santander também enxerga um descolamento nos fundamentos da Suzano.

“As ações da Suzano refletem no momento um preço de celulose na faixa de US$ 500 por tonelada, apesar de gatilhos de alta no curto prazo serem escassos”, afirmam os analistas Rafael Barcellos e Arthur Biscuola.

O Santander reitera a compra de Suzano, com preço-alvo de R$ 79 em 12 meses, implicando no potencial de valorização de 68%.

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