Suzano (SUZB3) ou Klabin (KLBN11)? UBS BB inicia cobertura de papel e celulose e diz qual é a preferida

O UBS BB iniciou a cobertura do setor de papel e celulose com recomendação de compra para Suzano (SUZB3) e neutra para Klabin (KLBN11).
O banco tem uma avaliação otimista para a celulose, com a expectativa de um aperto na relação entre a oferta e demanda nos próximos dois a três anos.
“A indústria de celulose está agora entrando em um intervalo de novos projetos, provavelmente até 2027/28. Antecipamos fundamentos de mercado mais apertados nos próximos 2-3 anos, à medida que a demanda deve crescer além da oferta”, escreveram Caio Greiner, Arthur Biscuola, Fernanda Sardinha, Andrew Jones e Timothy Handerson, em relatório.
O banco ainda espera que a demanda tenha um crescimento estável entre 1 milhão e 1,5 milhão de toneladas por ano — e a demanda deve permanecer resistente ao aumento das tensões comerciais e resiliente à desaceleração do crescimento global.
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Suzano é a ‘top pick’ do setor
Para os analistas do UBS, os preços da celulose estão atualmente próximos aos custos marginais de produção em US$ 600 por tonelada — o que é um ponto de entrada atraente para a Suzano.
Esse é um dos motivos para a preferência pela companhia no setor. “Temos uma preferência pela Suzano devido à maior exposição à celulose e à avaliação mais barata e maior geração de fluxo de caixa (FCF)”, diz o relatório.
Para os analistas, a ação combina vários múltiplos que podem torná-la a melhor alternativa para se posicionar no setor hoje: baixa do ciclo, taxas de utilização da indústria de celulose em ascensão, fim de um ciclo de capex (investimentos), Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) chegando do ramp-up do projeto, rendimentos de FCF de dois dígitos e desalavancagem.
O UBS BB recomenda compra para SUZB3, com preço-alvo de R$ 73 — o que representa um potencial de valorização de 39,7% sobre o preço de fechamento da última quarta-feira (9).
Nesta quinta-feira (10), as ações da companhia operaram em leve queda durante o pregão e encerraram o dia estáveis a R$ 52,24.
Klabin sem brilho?
Para os analistas, a desalavancagem da Klabin já parece precificada pelo mercado.
“Após um significativo ciclo de capex (investimentos), a alavancagem da Klabin atingiu 4,5x dívida Líquida/Ebitda e a empresa agora está focada em gerar caixa de seus investimentos e desalavancar”, avaliam os analistas.
O banco afirma que é a primeira vez em muitos anos que a empresa não prioriza o crescimento. “Em nossa opinião, a alocação de capital da Klabin se moveu em uma direção que alguns investidores apreciam.”
O UBS BB tem recomendação neutra para as units da Klabin, com preço-alvo de R$ 21 — o que representa um potencial de valorização de 12,7% sobre o preço de fechamento da última quarta-feira (9).
Nesta quinta-feira (10), as ações KLBN11 fecharam em queda de 2,31%, a R$ 18,21.
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