Suzano (SUZB3) ou Klabin (KLBN11)? Com ‘fator China’, bancão sugere uma ação para comprar e outra para vender
Na semana passada, a Suzano (SUZB3) anunciou um novo aumento de US$ 30 por tonelada para o preço da celulose de fibra curta com destino ao mercado da Ásia, com destaque para China, em julho. O aumento fez com que as ações da companhia subissem mais de 3% na sexta.
De acordo com o Bank of America (BofA), as ações do setor de papel e celulose tiveram uma queda significativa, acompanhando os preços atingindo mínimas de US$ 450-475/tonelada no início de maio. Desde então, as empresas da Bolsa engataram uma trajetória de recuperação.
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Apesar de questionamentos válidos sobre o desempenho recente das ações (se elas subiram mais do que deveriam), o banco acredita que as tendências de alta vão prevalecer sobre as perspectivas de queda.
Assim, o banco não descarta novos aumentos de preços e reforça sua posição de compra para Suzano (SUZB3), com preço-alvo de R$ 60 por ação. Para a Klabin (KLAB11), no entanto, a recomendação é de “underperform” (desempenho esperado abaixo do esperado, equivalente a “venda”), com preço-alvo de R$ 20 por ação.
Problemas no abastecimento global de celulose?
Na visão do BofA, os investidores não devem subestimar uma possível interrupção no fornecimento de celulose.
De acordo com o banco, as importações de matéria-prima da China caíram 37% ano a ano em abril, o que pode implicar em uma menor produção na China.
Além disso, incêndios florestais no Canadá podem impactar a produção do produto no país.
Dessa forma, o BofA vê como alta a probabilidade de que o aumento do preço da celulose de US$ 30/tonelada da Suzano para julho seja implementado.
No entanto, o banco reconhece que os estoques e a entrada da oferta de celulose no mercado manterão o reabastecimento e as recuperações de preços moderadas por ora.
Apesar disso, o BofA vê um potencial de alta atraente para Suzano, a um preço médio de celulose de US$ 550/tonelada.
Tese de Suzano e Klabin
Para o Bank of America, a decisão da Suzano de cortar sua produção de celulose em 4% é positiva e traz uma forte mensagem de que preços abaixo de US$ 500/tonelada são insustentáveis, permitindo que a empresa navegue em um mercado mais desafiador, com menos risco de formação de excesso de estoque.
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Apesar de a Klabin superar em torno de 15% as ações da Suzano em 2023, algo considerado injustificado pelo banco, o BofA conta com uma visão cautelosa para a empresa, principalmente por conta das tendências de custo da companhia.