Suzano (SUZB3) oferece oficinas de felicidade corporativa para seus funcionários
Em um ano que 81% dos colaboradores sentem risco de terem um burnout – segundo o relatório Tendências Globais de Talentos (GTT) 2022 da Mercer, consultoria em carreira, saúde, previdência e investimentos – falar sobre bem-estar e felicidade no trabalho está evidência.
Mais de um terço (36%) das companhias está introduzindo uma estratégia para abordar o bem-estar mental ou emocional este ano, de acordo com o mesmo estudo. A gigante do ramo de papel e celulose, Suzano (SUZB3), não foge disso.
Para a gerente de Gente e Gestão da Suzano, Luiza Lima Eugênio, é possível ser verdadeiramente feliz no trabalho. “Acreditamos que a felicidade no trabalho está diretamente conectada com as relações de confiança que se constrói, a percepção de propósito e a combinação de emoções positivas com o acolhimento de emoções negativas”.
Oficinas de felicidade
A empresa não só acredita na felicidade dentro do ambiente corporativo como também oferece aulas.
“Na Suzano, criamos um modelo de oficinas de felicidade. As oficinas têm um papel inicial de sensibilizar a liderança quanto ao tema e de permitir a experimentação de algumas das ferramentas de felicidade no trabalho”, explica o gerente executivo de Segurança, Saúde e Qualidade de Vida da Suzano, Marcelo de Mello Martins.
Atualmente, passam pelo treinamento 24 áreas dentro da empresa, sendo lideranças Industriais, Florestais, Novos Negócios, Finanças e uma das unidades internacionais, nos Estados Unidos.
De maneira geral, as atividades acontecem em encontros semanais, e o cronograma padrão envolve em torno de oito encontros com certa de uma hora cada e todos são realizados de forma on-line.
As técnicas ajudam
Para a fundadora da Reconnect, empresa especializada em felicidade corporativa e liderança positiva e uma das parceiras das oficinas da Suzano, Renata Rivetti, as pessoas são felizes no trabalho quando elas têm um ofício significativo, desafiador e quando se sentem empoderadas, valorizadas, reconhecidas e têm relações positivas.
“Não adianta a empresa focar em benefícios e festas. Isso é legal, mas não garante que as pessoas se sintam
felizes no trabalho”, destaca.
É preciso, segundo Renata, focar em ferramentas que ajudem os trabalhadores a gostarem mais do que fazem e que melhorarem suas relações, como:
- Ferramentas para encontrar seus dons, talentos e paixões;
- Job crafting, que permite que a pessoa atue de forma proativa para aumentar tempo em atividades que tragam sentido ou realização;
- Construir um ambiente com segurança psicológica;
- Momentos mais empáticos e de escuta ativa;
- Programas de reconhecimento e celebração dos resultados e dos colaboradores.
“Parece utópico, mas é totalmente possível e tem mais a ver com o dia a dia do que com grandes momentos raros e extraordinários”, afirma.
Colocando felicidade na agenda
Para o fundador da Vinning, consultoria de felicidade corporativa, e um dos responsáveis pela estruturação das oficinas na Suzano, Vinicius Kitahara, cuidar das pessoas é uma decisão de longo prazo.
A multinacional de papel e celulose, é uma das pioneiras quando se trata do tema e já pode ser, de acordo com ele, considerada um case de sucesso, “a Suzano tem um apetite enorme pela causa”.
Para Vinicius, que reúne projetos com grandes empresas como Globo, Google, Renner e Deloitte, trazer a sensibilização e a ciência que envolve o tema é fundamental, pois o mundo corporativo não tem uma agenda para isso e “precisamos sair do piloto automático”.
O especialista destaca que, no trabalho, é necessário entender que existem diferentes tipos de felicidade, com muitas coisas que as despertam, e “precisamos ressignificar o conceito de felicidade para as pessoas”, lembrando que “não é uma linha de chegada, mas sim uma jornada que temos que suprir o tempo inteiro”.
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