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Suzano (SUZB3): O que vem após acordo pela IP não sair do papel? Diretora fala sobre novas aquisições

15 ago 2024, 13:14 - atualizado em 15 ago 2024, 14:14
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(Foto: Suzano)

O grande destaque do noticiário da Suzano (SUZB3) em 2024 ficou por conta de uma possível aquisição da International Paper (IP), com a novela chegando ao fim em 26 de junho, com a produtora brasileira de celulose desistindo da compra.

Como você viu aqui, de 6 de maio até 5 de junho, desde a notícia sobre uma possível oferta de US$ 15 bilhões pela IP, a empresa perdeu R$ 16,480 bilhões em valor de mercado, segundo levantamento da Elos Ayta Consultoria. Apesar disso, a ação recua apenas 2,34% no ano (até 12h12 desta quinta), próxima aos patamares do começo de 2024.

A diretora de relações com investidores, Camila Nogueira, diz que a Suzano segue olhando suas avenidas estratégicas desde 2020 e comenta que o papel está muito descontado, sem refletir o valor da companhia.

“Não houve algo que não deu certo (sobre a aquisição da IP). Tudo deu certo na racionalidade econômica que as coisas precisam ter. Quando a companhia entendeu que não mais fazia sentido analisar uma eventual aquisição da IP, a gente anunciou ao mercado que as condições não eram atrativas do ponto de vista de maximização de retorno para os nossos acionistas e encerrou essa questão”, disse.

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SUZB3 adquire 15% da Lenzing e compra fábricas da Pactiv nos EUA

Durante o 2T24, a Suzano anunciou a aquisição de 15% de participação na Lenzing, com possibilidade para adquirir mais 15%. Nogueira explica que o acordo, que marca a entrada da empresa no mercado têxtil, representa a intenção da companhia em ampliar seu mercado endereçável.

“Vamos produzir, a partir da fibra renovável de plantas de eucalipto, outros produtos além dos que a indústria de papel e celulose utilizam para consumo hoje”, explica.

Quanto a compra de ativos da Pactiv, a diretora de RI aponta que a Suzano vê no mercado embalagens bastante crescimento, com a utilização da fibra curta de eucalipto de base renovável nesta indústria.

“É uma forma de entrarmos no mercado norte-americano de embalagens, adquirir conhecimento e a gente também vê naquela região opcionalidade para crescimento futuro”. 

Essa entrevista completa com a diretora de relações com investidores da Suzano você confere no YouTube do Money Times ao longo da próxima semana.