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SUZB3, KLBN11 e RANI3: Qual produtora deve ‘embalar’ em 2025?

31 dez 2024, 8:00 - atualizado em 29 dez 2024, 16:41
Suzano klabin irani suzb3 rani3 klbn11
(iStock.com/Yanukit Raiva)

O desempenho das ações das produtoras de papel e embalagens listadas na bolsa brasileira foi diverso ao longo de 2024. Enquanto os papéis da Irani (RANI3) recuaram 34,47% no ano (até 11h07 em 23 de dezembro), Suzano (SUZB3) e Klabin (KLBN11) avançaram 7,65% e 16,3%, respectivamente.

Além de fecharem o ano no positivo, as duas produtoras estão com o mesmo foco no momento: desalavancagem.

A ideia da Suzano é se tornar mais competitiva e não realizar nenhum M&A (fusões e aquisições) transformacional nos próximos meses. Apesar disso, foi veiculada uma notícia de que a empresa estaria avaliando a aquisição da norte-americana Clearwater Papel.

Já a Klabin reforçou as atenções para os próximos dois anos fica por conta da redução da desalavancagem, procurando gerar fluxo de caixa livre com o crescimento em volume de produção, sem grandes desembolsos planejados num futuro próximo.

Em novembro, o Itaú BBA iniciou a cobertura para as ações de Irani, chamando atenção para a dinâmica de longo prazo da companhia e bem posicionada para se beneficiar do momento positivo dos lucros nos próximos trimestres. Os analistas recomendam compra e preço-alvo de R$ 10 para ação. 

Suzano, Klabin e Irani: O que diz as empresas e analistas?

A Suzano e Klabin reforçaram os efeitos que um dólar mais elevado tem para as exportadora. Em entrevista ao Money Times no mês de agosto, a diretora de relações com investidores da Suzano, Camila Nogueira, destacou que um câmbio alto é sempre mais favorável para Suzano.

“A cada 10 centavos de variação do câmbio, isso representa em torno de R$ 500 milhões em 12 meses na geração de caixa, no Ebitda”, afirmou a diretora.

Já durante o Investor Day, Marcos Ivo, diretor financeiro e de relações com investidores da Klabin, explicou que cada variação de 10 centavos no câmbio representa aproximadamente R$ 160 milhões no Ebitda da companhia, para baixo ou para cima. A Klabin conta com algo em torno de 40% da sua receita vindo de exportações.

Em dezembro, as duas ações completaram o pódio entre as ações do agronegócio segundo levantamento do Money Times com 24 instituições financeiras, atrás apenas da JBS (JBSS3), com 7 indicações para Suzano e 4 para Klabin.

Enxergando condições de excesso de oferta no curto prazo para indústria de celulose, o BTG Pactual reiterou sua recomendação de compra para as ações, vendo a Suzano (preço-alvo de R$ 81) como a “história mais barata em todo seu universo de cobertura por uma ampla margem”.

Para a Klabin (preço-alvo de R$ 30), o banco enxerga um atrativo potencial de valorização superior a 40%, projetando um crescimento robusto de Ebitda de 16% para 2025, 8% acima de sua previsão anterior, impulsionado principalmente por maiores volumes de papel (~2.640 kt para 2025) e preços mais altos.

 

Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo. Em 2024, ficou entre os 80 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.
pasquale.salvo@moneytimes.com.br
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo. Em 2024, ficou entre os 80 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.