Suzano (SUZB3): Itaú reduz preço, mas ainda vê ação barata e boa opção com real fraco; confira
A Suzano (SUZB3) apresentou uma forte recuperação no pregão de quinta-feira (27), após a notícia de que a companhia desistiu de uma aquisição da International Paper.
Para o Itaú BBA, com o fim da operação de compra, o foco dos investidores se volta ao desempenho operacional da empresa, que foi impactado positivamente pelos preços de celulose acima do esperado desde o início de 2024.
A estimativa do BBA quanto ao Ebtida para 2024, em R$ 24,6 bilhões, está 11% acima do consenso da Bloomberg. “Reconhecemos que pode haver um overhang (excesso) no curto prazo, até que os investidores estejam mais confortáveis que a Suzano não deve ir atrás de um grande negócio tão cedo”, pontuam os analistas.
- É hora de investir nesta “gigante” do agro, diz analista. Companhia está descontada e faz parte da carteira de “top picks” da analista Larissa Quaresma, da Empiricus Research. Clique aqui e confira o nome da ação.
O banco ainda destaca o discurso da empresa, sobre não estar disposta a concluir um acordo a preços pouco apelativos.
Para o Itaú, a Suzano conta com um valuation atrativo de EV/EBITDA 2025e em 5,3x. “Os preços implícitos de US$ 542 por tonelada e FX de R$ 4,25 para 2025 para 2025 parecem muito conservadores”, completam.
Com expectativa de preços da celulose sob pressão no curto prazo, o Itaú segue otimista sobre os fundamentos do setor e vê Suzano como uma boa opção para investidores que buscam nomes defensivos para o real fraco. O banco recomenda compra, com preço-alvo passando de R$ 75 para R$ 67, com potencial de alta de 38%.
O Itaú também reduziu seu preço-alvo para Klabin (KLBN11), de R$ 29 para R$ 26, mas manteve sua recomendação de compra. “Para 2024, esperamos um Ebitda de R$ 7,9 bilhões em 2024, 4% acima da nossa estimativa anterior, com suporte por maiores preços da celulose e melhor desempenhos da unidade de papel e embalagens, além de um valuation atrativo”
Em 2024, o BBA espera preços médios de US$ 705/t e US$ 725/t para celulose de fibra curta da Suzano e Klabin, respectivamente, um aumento de US$ 35/t em relação à última estimativa.