Suzano (SUZB3): Investimentos no Projeto Cerrado devem atingir R$ 22,2 bilhões
A Suzano (SUZB3) revisou para cima os números de capex (investimento de capital) relativos à plena execução do Projeto Cerrado, que visa a construção de uma nova planta de produção de celulose no município de Ribas do Rio Pardo, Mato Grosso do Sul.
O investimento foi revisado de R$ 19,3 bilhões para R$ 22,2 bilhões, sendo R$ 15,9 bilhões referentes ao investimento de capital industrial e R$ 6,3 bilhões relativos a investimentos florestais, logísticos e outros.
O aumento do capex reflete a projeção de um desembolso maior em 2024, a R$ 5,1 bilhões (contra R$ 2,2 bilhões anteriormente).
Segundo a Suzano, a nova estimativa de capex considera:
- correção monetária de contratos pela inflação, que inclui impactos de indexação e preços de commodities, incidente sobre o período compreendido entre o anúncio do projeto em novembro de 2021 até dezembro de 2023 (considerando a expectativa de inflação pela companhia prevista até dezembro de 2023), cujo desembolso financeiro irá ocorrer em 2024, quando da conclusão dos contratos com fornecedores e prestadores de serviços; e
- investimentos adicionais referentes a alternativas “make or buy” que visam maior eficiência econômica da nova planta e/ou minimização de riscos operacionais.
“São exemplos de tais investimentos, a construção de planta química de ácido sulfúrico, material rodante para escoamento da produção e terminal de exportação, equipamentos florestais, dentre outros”, listou a companhia, em fato relevante divulgado nesta quinta-feira (27).
A revisão da estimativa de capex total do Projeto Cerrado contempla o benefício de aproximadamente R$ 0,3 bilhão relacionado à apreciação cambial já incorrida até o momento sobre a parcela do investimento atrelada à moeda estrangeira (principalmente euro).
A Suzano estima atingir, a partir da conclusão da curva de aprendizagem da nova planta industrial, um custo caixa de produção de celulose (não incluindo paradas programadas para manutenção) de aproximadamente R$ 500 por tonelada.
A partir do início do segundo ciclo florestal, adotando como referência a entrada em operação da nova fábrica, espera-se um custo caixa de produção de celulose (não incluindo paradas programadas para manutenção) de aproximadamente R$ 400 por tonelada, em regime.