Suzano (SUZB3): Hora de correr? Analistas reforçam venda após corte de 4% na produção de celulose; entenda
A Suzano (SUZB3) anunciou na última sexta-feira (2) que deve reduzir o volume de produção de celulose de mercado em 4% ao longo de 2023 em comparação à capacidade nominal e a volumes históricos.
A empresa disse que o volume não traria o retorno adequado em um momento de mercado de celulose “mais complexo”.
A alteração não modificará contratos com clientes e fornecedores, informou a Suzano.
SUZB3 é “venda”, mesmo com corte; por quê?
Na visão da Ágora Investimentos, apesar da menor oferta fornecer um suporte para a dinâmica do mercado de celulose no curto prazo, a corretora vê o movimento como negativo e considera quatro pontos:
- Corte de produção do maior produtor e de menor custo do mundo sinaliza um ambiente de preços e demanda fracos;
- Apesar de a Suzano possuir locais com maior custo de produção, a mudança fornece suporte para que concorrentes de custos mais elevados continuem a produzir;
- A redução da produção entre 400 a 450 mil toneladas da Suzano, que representa 1% da oferta global, pode sustentar os preços até certo ponto, embora certamente não resolva o problema de excesso de oferta do mercado em 2023 e 2024, já que novos projetos estão entrando em operação e os estoques gerais dos produtores cresceram de forma acentuada;
- Impacto negativo no Ebitda próximo a 3%, assumindo que os menores volumes de produção realmente se traduzam em menores vendas.
Assim, a Ágora, em relatório com comentário assinado pelos analistas Thiago Lofiego e Renato Chanes, mantém sua recomendação de venda para as ações da Suzano.