Suzano (SUZB3) fecha com alta de 1,51% após reajuste da celulose na Ásia; tendência deve se manter?
A Suzano (SUZB3) vai elevar o preço da celulose fibra curta em US$ 30 por tonelada para todos os mercados da Ásia a partir de junho, informou a companhia nesta segunda-feira (22).
Após a notícia, por volta de 11h25 desta terça-feira (23), as ações da empresa avançavam 3,72%, aos R$ 46,86. O papel liderava os destaques de alta do Ibovespa.
De acordo com a empresa produtora de papel e celulose, o reajuste se deve a um processo de formação de estoques por clientes tradicionais no mercado chinês, assim como à demanda de produtores integrados de papel e celulose, que miram reduzir as taxas de fabricação.
Ou seja, a forte recomposição de estoques em clientes chineses tradicionais, ao mesmo tempo em que papeleiras integradas locais reduziram a produção da fibra para comprar de terceiros, possibilitou esse movimento, explica Rafael Passos, analista da Ajax Asset.
Ajuste positivo
Assim, a expectativa é de retomada das ações da Suzano. Segundo Passos, os players pequenos e médios de papel voltaram a reabastecer estoques na China, aproveitando a queda recente de preços. “Com os preços de celulose abaixo do custo marginal, o cenário atual pode já se mostrar início de uma recuperação de preços, ou a menos, estabilização”, comenta o analista da Ajax.
Para Lucas Laghi, analista da XP Investimentos, as ações da Suzano tem reagido de forma negativa à queda dos preços da celulose, principalmente para China. No entanto, o reajuste válido a partir de junho é positivo.
“O reajuste no fim mitiga os riscos de potenciais maiores quedas no preço da celulose em diante, que já estão em um patamar abaixo do custo de produção, e que são uma das maiores preocupações relacionadas à tese”, explica Laghi. A XP recomenda compra da ação, com preço-alvo de R$ 72,90 e potencial de alta de 61,35%.