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Suzano (SUZB3): Com 4T21, analistas antecipam desempenho operacional mais forte

10 fev 2022, 16:59 - atualizado em 10 fev 2022, 16:59
Suzano
Mercado pode ficar otimista com Suzano? BTG e Bradesco BBI acreditam que sim (Imagem: REUTERS/Stringer)

A Suzano (SUZB3) reportou resultados do quarto trimestre neutros, com os números refletindo um cenário de preços desatualizados, destaca o BTG Pactual (BPAC11).

O banco afirma que, apesar do aumento nos níveis de custo caixa no quarto trimestre de 2021, a companhia se beneficiou da alta dos preços da celulose – e deve seguir colhendo frutos dessa tendência positiva nas próximas semanas, avaliam analistas.

O BTG tem perspectiva de que a Suzano ainda mostrará um desempenho operacional mais forte. Segundo a instituição, um mercado mais apertado e preços mais altos da commodity ainda não são considerados nas estimativas do consenso.

“Os mercados de celulose estão mais uma vez apertados, e os preços estão novamente em alta. Esperamos que o momento de curto prazo continue melhorando, já que a oferta continua decepcionando”, afirmam Leonardo Correa, Caio Greiner e Bruno Lima, em relatório divulgado nesta quinta-feira (10).

Para o Bradesco BBI, o mercado pode ficar otimista com a Suzano. Analistas da instituição destacam o aumento de R$ 2 bilhões referentes às vendas concentradas para a Ásia no “contas a receber” e adotam a perspectiva de que o impulso dos lucros da empresa vai melhorar, sustentado pela alta da celulose.

Na opinião do BBI, o custo caixa da celulose pode ter atingido o pico no fim do quarto trimestre de 2021.

Na contramão do Ibovespa, as ações da Suzano caem mais de 4% no pregão de hoje.

Os números do 4T21

A Suzano encerrou o quarto trimestre do ano passado com lucro líquido de R$ 2,3 bilhões, o que representa uma queda de 61% em relação ao mesmo intervalo de 2020. O resultado foi impactado pela variação cambial sobre a dívida em moeda estrangeira.

A receita líquida da Suzano cresceu 43% na comparação anual, para R$ 11,4 bilhões, com o volume total de vendas atingindo 3,1 milhões de toneladas.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado somou R$ 6,3 bilhões, alta de 60% em relação a um ano antes.

As margens do período foram pressionadas pelo aumento dos custos. O custo caixa de celulose cresceu 20% no comparativo anual, a R$ 747 a tonelada.

Na opinião da Ativa Investimentos, em um trimestre afetado pela dinâmica complexa em celulose e papel, a Suzano mostrou resiliência. A corretora acredita que a companhia está no caminho para dar continuidade ao processo de desalavancagem e mostrar que pode enfrentar o novo ciclo de investimentos sem maiores turbulências.

Comprar ou não Suzano (SUZB3)?

O Bradesco BBI sustenta a recomendação de compra da ação da Suzano, com preço-alvo de R$ 90.

O BTG também manteve sua indicação de compra para os papéis, com preço-alvo de R$ 92, citando uma combinação de forte momento de preços de celulose, valorização e crescimento de longo prazo.

De acordo com o banco, a Suzano é negociada em níveis de valuation barato – aproximadamente 6 vezes EV/Ebitda (valor da empresa sobre Ebitda) estimado para 2022, o que implica uma curva de preço de celulose de cerca de US$ 520 a tonelada, o que analistas veem como “muito conservadora”.

“Olhando para o longo prazo, vemos a Suzano como uma das melhores teses de ESG (melhores práticas sociais, ambientais e de governança corporativa) na América Latina, com a empresa sendo carbono negativa hoje, o que oferece uma grande oportunidade para a criação de valor para os acionistas daqui para frente”, dizem os analistas.

A Ativa tem recomendação neutra para a Suzano, com preço-alvo indicado de R$ 57.

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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