Suzano (SUZB3) coloca ‘pés no chão’ e fecha portas para novas compras
A Suzano (SUZB3) realizou nesta quinta-feira (12) seu Investor Day, em que reforçou os desafios atuais no mercado de celulose da fibra curta.
A ideia da produtora de papel & celulose é se tornar mais competitiva e não realizar nenhum M&A (fusões e aquisições) transformacional nos próximos meses, focando na desalavancagem.
Na terça (10), a empresa revisou seu capex para o exercício de 2024, que passou de R$ 16,5 bilhões para R$ 17,1 bilhões. Para 2025, a Suzano aprovou um capex de R$ 12,4 bilhões, representando uma redução em relação ao valor projetado para 2024.
Visão da Ativa Investimentos para Suzano
Segundo a Ativa Investimentos, são esperados desafios para o mercado de celulose de fibra curta para 2025, principal setor da companhia, dado ao incremento de capacidade e à tendência de verticalização de empresas na China, o que pode continuar limitando a utilização total da produção.
“Diante das dificuldades, estratégia é ser mais eficiente: Suzano ressaltou por diversas vezes que, diante de um cenário onde os preços podem se manter sem grande diferencial frente ao custo marginal diante da maior oferta, o seu objetivo precisa continuar sendo olhar para dentro e melhorar a competitividade dos seus ativos”, explicam os analistas.
Na Suzano, há muita confiança que o Projeto Cerrado será um importante aliado, dado que este superou as expectativas iniciais e estará “rampado” desde o início de 2025.
Em um processo de desalavancagem, a companhia espera rodar com uma alavancagem financeira implícita próxima à 2,5x nos próximos 12 a 18 meses. Atualmente, está em 3,1x.
A recomendação para ação é de compra e preço-alvo de R$ 68.
Nesta quinta-feira (12), SUZB3 fechou em queda de 1,72%, a R$ 63 — pressionada pela forte aversão ao risco doméstico após a elevação da taxa Selic pelo Banco Central.