Suzano poderá vender celulose mais barata no quarto trimestre, avalia Credit Suisse
Diante do início das negociações em relação ao preço da celulose na China, o Credit Suisse publicou relatório sobre a Suzano (SUZB3), avaliando que a companhia poderá realizar certo movimento de desestocagem.
“Outras empresas de celulose estão preocupadas que a Suzano deverá vender a tonelagem inteira do quarto trimestre em preços inferiores ao do terceiro trimestre, em um momento de desestocagem”, afirmam os analistas Caio Ribeiro e Rafael Cunha.
Concorrentes da companhia brasileira avaliam que o preço da celulose possa ter atingido a mínima durante o terceiro trimestre, o que permitiria a prática de maior preço. Diante desta percepção elevam-se as preocupações em torno da desestocagem da Suzano.
A recomendação para os papeis permanece neutra, com preço-alvo de R$ 34,00. Se o papel atingir a estimativa do Credit Suisse, poderá se valorizar 3% – de acordo com o fechamento da última quinta-feira (20).
Grau de investimento
Roger Horn, analista da SMBC Nikko Securities America, acredita que a classificação de risco da Suzano permanece inalterada, a despeito do recuo nos títulos em setembro.
“Não acho que, neste momento, o rating de grau de investimento esteja em risco”, disse. “Perspectivas negativas significam que, se as coisas piorarem, as agências de classificação vão considerar outras medidas”, completou.
De acordo com a Fitch Ratings, a empresa deve enfrentar dificuldades para reduzir a dívida líquida. Vale lembrar que a companhia realizou fusão com a Fibria em 2018, tornando-se a maior produtora de celulose do mundo.