Suzano mandou muito bem, mas mercado quer mais. Celulose não foi
Um baita lucro de R$ 10 bilhões e Ebitda (lucro antes de impostos, amortização e depreciação) ajustado na faixa de R$ 5,94 bilhões não foram totalmente suficientes para aplacar às apostas do mercado sobre os resultados da Suzano (SUZB3), maior produtora global de celulose de eucalipto, durante segundo trimestre.
Os números da Suzano até chegaram a bater as projeções do Credit Suisse no período, mas ficaram bem aquém do consenso do mercado.
“O miss (defasagem) pode ser explicado por um nível abaixo do esperado de realização de pulp price (preço da celulose) que ficou na casa de US$ 629 por tonelada. Analistas estavam contando com valor na casa de US$ 650 por tonelada”, explicam os analistas do banco suíço.
Outro ponto que salgou o balanço da Suzano foram os custos de caixa de celulose chegando 6% à frente do esperado pelo BTG Pactual — em uma série de pressões inflacionárias –, conforme teve acesso Agro Times.
O custo caixa de produção de celulose subiu 13% sobre o segundo trimestre do ano passado, para US$ 680 a tonelada.
“Pelo lado positivo, a empresa manteve estoques relativamente baixos e gerou FCF decente no trimestre — rendimento anualizado de 14,5%; puxando a alavancagem para 3,1 vezes”, destaca o maior banco de investimento da América Latina.
O Bank of America considera que parte dos revezes no balanço da Suzano é decorrência da migração de volumes de celulose à Europa ao invés da China, principal compradora mas que vem mantendo o pé no freio em suas compras.
Veja a seguir as recomendações reunidas pelo Agro Times sobre a ação da Suzano (SUZB3):
Recomendação | Preço-alvo (R$) | Potencial (%) | |
---|---|---|---|
Ágora | Compra | 95 | 69 |
Ativa | Compra | 97 | 71 |
Bank of America | Compra | 79 | 41 |
BTG Pactual | Compra | — | — |
Credit Suisse | Compra | — | — |
Vale conferir também o desempenho da Klabin (KLBN11), que também atua no setor de papel & celulose, e decidir se é interessante ter a ação também.