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Suzano lidera ganhos do Ibovespa após reportar perdas bilionárias; entenda

01 nov 2019, 11:41 - atualizado em 01 nov 2019, 12:39
As ações da Suzano lideram as altas do Ibovespa, com ganhos de 5,85% a R$ 34,55

Por Investing.com

A primeira impressão ao verificar que a Suzano (SUZB3) teve um prejuízo líquido de R$ 3,46 bilhões no terceiro trimestre é que suas ações seriam penalizadas pelos investidores. Ainda mais que as perdas foram superiores a R$ 3,26 bilhões à previsão média de analistas compiladas pela Refinitiv. Mas não é isso que ocorre nas negociações nesta manhã de sexta-feira (01) na B3.

As ações da Suzano lideram as altas do Ibovespa, com ganhos de 5,85% a R$ 34,55. O que explica o “contrassenso”?

A avaliação de Mirae Asset e BTG Pactual (BPAC11) é de que o resultado veio em linha com que a expectativa dos investidores. O BTG Pactual ressalta, inclusive, importantes aspectos positivos do balanço trimestral da Suzano, como a redução de estoque, geração do fluxo de caixa e a suspensão do guidance de produção de celulose para o restante do ano, aspectos que animam os investidores.

O banco celebra a decisão dos executivos da companhia em suspender o guidance de produção de celulose para o restante de 2019, anunciado logo após a divulgação do balanço ontem depois do fechamento do mercado.

Além disso, o BTG destaca que a Suzano  conseguiu reduzir o estoque no terceiro trimestre deste ano acima da expectativa dos analistas, após reduzir o volume de produção. Enquanto o mercado aguardava uma queda de aproximadamente de 300 mil toneladas no estoque, Suzano surpreendeu ao entregar uma redução de 450 mil toneladas.

Outro aspecto positivo para o BTG é o fluxo de caixa livre da companhia no período. Apesar de a alavancagem ter subido para 4,7x – contra 3,5x no segundo trimestre -, devido à significativa variação cambial, a Suzano conseguiu entregar um fluxo de caixa livre maior do que R$ 1 bilhão.

Tanto a Mirae Asset como o BTG Pactual recomendam a compra de papéis da Suzano. Ambos vêem recuperação do preço da celulose para 2020, com o BTG avaliando que os preços já atingiram ou estão próximos do piso.

O preço-alvo da Mirae para Suzano é de R$ 39,17, um potencial de valorização de 20% comparado com o fechamento de ontem dos papéis da papeleira, que encerraram R$ 32,64, alta de 1,05%. Já o preço-alvo do BTG em 12 meses para Suzano é R$ 40,00, potencial de alta de 23,8%.

Balanço do terceiro trimestre de 2019

Além do prejuízo bilionário, a companhia anunciou que o resultado operacional medido pelo lucro antes de impostos, juros depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado foi de 2,396 bilhões de reais, queda de 56% ante mesma etapa de 2018. A previsão média de analistas para esta linha era de 2,62 bilhões de reais.

Em fato relevante, a Suzano informou ainda que decidiu descontinuar a projeção de volume de produção de celulose de mercado referente a 2019, devido às condições do mercado.

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