Suzano já tem 22 milhões de toneladas de créditos de carbono em potencial
A Suzano (SUZB3) prevê capturar 40 milhões de toneladas de carbono da atmosfera até 2030, e divulgou a meta durante a primeira edição de seu ESG Call, que contou com a presença de Pavan Sukhdev, CEO da GIST Advisory, na manhã desta sexta-feira (25).
Em 2020, a companhia capturou 15,2 milhões de carbono da atmosfera.
A Suzano, maior produtora global de celulose de eucalipto, já tem, em potencial, 22 milhões de toneladas de crédito de carbono, e aguarda o Brasil ingressar no mercado regulado global, o que pode monetizar a cifra, algo já antecipado pelo Agro Times durante entrevista com o diretor financeiro da empresa Marcelo Bacci em abril.
No momento, a companhia dialoga com mercado voluntário quanto à aplicação dos créditos de carbono.
Até 2030, a empresa pretende conectar 500 mil hectares de florestas nos biomas da Mata Atlântica, Cerrado e Amazônia, localidades em que a Suzano mantém operações.
“A Suzano quer sair do século 21 melhor do que entrou, unindo inovação e sustentabilidade“, afirmou o presidente do conselho de administração da companhia David Feffer na introdução do evento.
Outro compromisso firmado pela Suzano é reduz a desigualdade dentro da própria companhia ao estabelecer 50% das vagas nos processos seletivos às mulheres e aos negros daqui em diante. Além disso, a empresa busca melhorar seu ambiente organizacional à comunidade LGBTQIA+.
As práticas ambientais, sociais e de governança (ESG, na siga em inglês) da Suzano têm gerado impactos positivos à companhia e à sociedade.
Suzano alinhada à biodiversidade brasileira
O convidado Pavan Sukhdev é importante líder no pensamento voltado à sustentabilidade, além de uma voz influente entre legisladores ambientais e instituições com foco em desenvolvimento verde.
“O Brasil é um país repleto de biodiversidade, e os negócios da Suzano estão bem inseridos neste contexto de sustentabilidade, trabalhando com celulose de eucalipto, produção de energia renovável e atuação no mercado de créditos de carbono”, afirmou o especialista durante o evento online.
No momento, atuando como CEO e fundador da GIST Advisory, o foco profissional de Pavan é demonstrar e divulgar o estudo “A Economia dos Ecossistemas e da Biodiversidade” e o relatório Economia Verde, ambos parte do programa da ONU, além de seu livro “Corporação 2020”.