Suzano e Fibria aprovam fusão e criam empresa de R$ 100 bilhões
A Suzano (SUZB3) e a Fibria (FIBR3) consolidaram nesta quinta-feira (13) a fusão das duas gigantes do papel e celulose e criaram uma empresa de valor de mercado aproximado de R$ 100 bilhões. Os acionistas das duas aprovaram hoje em assembleias a proposta de combinação dos negócios anunciada em março. É a maior produtora de celulose do mundo.
O comunicado emitido em conjunto lembra que a consumação da operação permanece sujeita à verificação de condições suspensivas, incluindo a aprovação pelas autoridades da concorrência do Brasil e no exterior. Os analistas, contudo, não esperam que o Cade apresente medidas que coloquem em risco as sinergias resultantes do negócio.
“Reiteramos nosso otimismo em relação à conclusão do acordo sem alterações nos termos da transação e prevemos que os remédios, se houver, seriam irrelevantes (ainda permitiriam a captura de bilhões em sinergias)”, avaliam os analistas Leonardo Correa e Gerard Roure do BTG Pactual em um relatório enviado a clientes hoje.
O banco recomenda que os investidores comprem mais ações da Suzano e reitera o preço-alvo de R$ 58. Correa e Roure entendem que o negócio é transformador para o setor, concedendo ainda mais poder de precificação e um potencial de disciplina de fornecimento sem precedentes para a indústria.
“Continuamos vendo um ciclo de valorização muito mais provável (do que quedas de lucros), e acreditamos que o balanço de riscos ainda está inclinado para o lado positivo no setor. A Suzano agora detém o melhor perfil de fluxo de caixa livre e está posicionada para se beneficiar amplamente do ponto ideal em que o setor se encontra”, concluem.