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Suzano (SUZB3) diz que MST invadiu 3 fazendas de eucalipto na Bahia

01 mar 2023, 18:26 - atualizado em 02 mar 2023, 9:26
MST
O MST ainda afirmou que a ação é uma denúncia contra a monocultura de eucalipto na região e o êxodo rural causado pela prática, entre outros pontos (Imagem: Facebook/MST – Movimento dos Trabalhadores Sem Terra)

Membros do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) adentraram três fazendas de eucalipto da Suzano (SUZB3) na madrugada da última segunda-feira na Bahia e seguem ocupando os locais, segundo informações da entidade e da fabricante brasileira de celulose.

As terras da Suzano que foram alvo da ação estão localizadas nos municípios de Teixeira de Freitas, Mucuri e Caravelas, região sul do Estado. Além disso, o movimento entrou ainda uma quarta propriedade, essa abandonada há 15 anos e de posse de outro proprietário, segundo o MST.

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A Suzano afirmou em nota que as suas áreas “foram invadidas e danificadas ilegalmente” em atos que “violam o direito à propriedade privada e estão sujeitos à adoção de medidas judiciais para reintegrar a posse”.

Já o MST disse que as cerca de 1.700 famílias que participam da ação “reivindicam a desapropriação imediata dos latifúndios para fins de reforma agrária, tendo em vista que estas propriedades atualmente não estão cumprindo sua função social”, sem dar mais detalhes sobre as três propriedades.

O MST ainda afirmou que a ação é uma denúncia contra a monocultura de eucalipto na região e o êxodo rural causado pela prática, entre outros pontos.

A Suzano disse não ter estimativas sobre eventuais prejuízos causados pelas ações.

Em sua nota, datada de segunda-feira, o MST disse ainda que a “demora” do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em nomear a presidência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) acendeu um “alerta amarelo”.

“Apesar das expectativas com o governo Lula em relação à reforma agrária, os sem terra estão preocupados, frente a urgência do combate à fome, o desemprego e a destruição do meio ambiente, causados pelo desastroso modelo do capital”.

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