Suzano: Credit Suisse continua vendo fundamentos sólidos e eleva preço-alvo da ação
O Credit Suisse revisou os números da Suzano (SUZB3), tendo incluído os resultados do segundo trimestre do ano e projeções mais baixas para o custo caixa de produção da celulose no modelo de investimento da companhia. O banco, além de ter reforçado a recomendação de outperform (desempenho esperado acima da média do mercado), chegou a um novo preço-alvo de R$ 65 (versus R$ 54,50).
Para Caio Ribeiro e Gabriel Galvão, analistas e autores do relatório divulgado aos clientes, a Suzano é o nome preferido do setor para aproveitar o cenário de retomada.
O Credit Suisse acredita que os mercados de HW estão perto de um ponto de inflexão devido à grande concentração de paradas de manutenção da celulose no segundo semestre, bem como à melhora da demanda e dos preços no segmento de P&W (papel de imprimir e escrever), à forte sazonalidade no quarto trimestre e aos altos spreads de SW, que devem incentivar o processo de substituição da fibra.
“A combinação desses fatores devem, na nossa opinião, desencadear uma recuperação do preço da celulose HW a partir do quarto trimestre de 2020”, avaliaram Ribeiro e Galvão.
As perspectivas para o próximo ano são melhores. O Credit Suisse estima que a companhia vai se beneficiar mais ainda da depreciação do dólar, elevando a taxa de retorno sobre o fluxo de caixa livre, o que consequentemente levará a uma queda da alavancagem. A estimativa de Ebitda para 2021 é de R$ 18,7 bilhões (de R$ 14,5 bilhões em 2020).