Suzano (SUZB3): Corte de 4% não deve ter grandes impactos financeiros, diz BTG
Para o BTG Pactual, o impacto financeiro do recente corte de 4% do volume de produção de celulose feito pela Suzano (SUZB3) – considerado abaixo da sua capacidade produtiva nominal – deve ser mínimo, pois as operações já estão operando com Ebitda muito abaixo no cenário atual.
A decisão foi tomada já que, segundo a companhia, o volume não traria retorno adequado para a Suzano em um momento de mercado de celulose mais complexo.
Para o seu CFO Marcelo Bacci, os mercados estão atualmente com excesso de oferta, provado pelo enfraquecimento do setor imobiliário na China e a elevação inesperada no fornecimento doméstico de celulose nos últimos meses.
O banco explica que embora a demanda ainda esteja estável, o mercado está um pouco ilíquido, já que as fábricas decidiram esperar que os preços caíssem mais ainda.
A Suzano observa maior interesse de compra a US$ 560/t, mas o mercado ainda não se normalizou.
Para os analistas do banco, espera-se que a empresa mantenha uma meta de alavancagem dentro de 2 a 3 vezes em relação à dívida líquida sobre Ebitda. No cenário atual, consideram que em um curto prazo uma grande fusão ou compra (M&A) é muito pouco provável.
A Suzano continua sendo a principal escolha do banco, negociando com um rendimento FCFE (Fluxo de Caixa Livre para o Acionista) de 11% para 2025 a US$ 575/t de celulose. A recomendação é de compra, com preço-alvo de R$ 81, potencial de elevação de 48,7% ante o último fechamento.
O BTG diz ainda que a recompra de R$ 5 bilhões de ações nos últimos semestres é “uma indicação clara de que as ações estão subvalorizadas.
Além disso, o cancelamento de R$ bilhões de ações, também pode ser positivo para os acionistas, já que a recompra das ações e uma maneira de remunerar investidores.