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SUV Taos é nova cartada da VW na América do Sul para ter lucro

10 mar 2021, 11:41 - atualizado em 10 mar 2021, 11:41
A VW produzirá o utilitário esportivo Taos em sua fábrica na Argentina para abastecer os mercados da América do Sul (Imagem: Site/Volkswagen)

Volkswagen busca superar sete anos de perdas na América do Sul ao ampliar sua linha de SUVs, apostando que terá margens melhores e será mais resiliente em meio aos muitos altos e baixos da região.

A VW produzirá o utilitário esportivo Taos em sua fábrica na Argentina para abastecer os mercados da América do Sul, enquanto a planta do México fornecerá para os EUA. Seu lançamento em meados deste ano marcará a conclusão de cerca de US$ 2 bilhões em investimentos que a montadora alemã realizou nas operações do Brasil e da Argentina entre 2017 e 2020.

O compromisso com a região contrasta com a decisão da Ford Motor Co. no início deste ano de encerrar as operações de fabricação depois de um século no Brasil, fechando três fábricas e cortando cerca de 5.000 empregos.

A VW também tem uma rica história no país, tendo estabelecido sua primeira unidade de produção fora da Alemanha em São Paulo, na década de 1950, após o governo restringir as importações. O Brasil foi durante algum tempo o terceiro maior mercado da empresa, atrás da China e da Alemanha.

A Ford foi pioneira no segmento de SUVs compactos quando lançou o EcoSport em 2003. Mas, no final daquela década, outras montadoras começaram a replicar sua abordagem para faturar mais ao utilizar as plataformas de veículos pequenos para sustentar modelos mais espaçosos e com maior valor.

Quase todas as montadoras que operam na região já oferecem SUVs. No Brasil, cerca de 37% das vendas acumuladas em janeiro e fevereiro foram de utilitários esportivos, ante cerca de 27% no mesmo período de 2020, segundo a Fenabrave, entidade que representa as concessionárias.

A VW tenta equilibrar suas contas na América do Sul e nos Estados Unidos ainda em 2021, após perdas persistentes. A empresa disse em uma atualização de estratégia na semana passada que agora poderá ter lucro na América do Norte mesmo com uma queda de 15% nas vendas, e na América do Sul com volumes caindo em até 30%.

A assessoria de imprensa da Volkswagen no Brasil informou que fevereiro foi o quarto mês seguido de resultado positivo na América do Sul.

O investimento da VW na região está rendendo frutos em termos de vendas. A participação de mercado da marca no Brasil saltou de 12,5% em 2017 para 16,8% no ano passado, marcando a segunda colocação no ranking, atrás da Chevrolet, segundo a Fenabrave.

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