Meio Ambiente

Suspeita de desmatamento é uma coisa, desmatamento é outra, diz Bolsonaro

31 jul 2019, 20:42 - atualizado em 31 jul 2019, 20:42
O presidente voltou a dizer que a divulgação de números errados sobre o desmatamento prejudicam o país (Imagem: REUTERS/Nacho Doce)

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quarta-feira que o governo está analisando e compilando os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) sobre desmatamento para que possam ser divulgados números exatos.

“Estamos analisando os dados do Inpe. O ministro Ricardo Salles, o ministro (Marcos) Pontes”, disse Bolsonaro a jornalistas.

“Olha, suspeita de desmatamento é uma coisa, desmatamento é outra diferente”, acrescentou. “Os dados estão sendo compilados agora, está sendo feito, vai ser discutido com todo mundo para passar os números exatos.”

O presidente voltou a dizer que a divulgação de números errados sobre o desmatamento prejudicam o país.

No último dia 19, o presidente disse que os números divulgados pelo Inpe neste mês eram “mentirosos” e chegou a insinuar que o presidente do instituto poderia estar “a serviço de alguma ONG”.

Desde então ele tem insistido que os dados de desmatamento não podem ser divulgados sem passar antes por autoridades de primeiro escalão do governo.

Mais tarde, o porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros, disse que uma reunião de técnicos do Inpe com o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, havia acabado há pouco e que não seria possível a divulgação de dados ainda nesta quarta-feira.

Ele ressaltou, no entanto, que os dados “vão justificar o posicionamento” de Bolsonaro.

“São dados, até o momento, das informações que nós temos, que vão justificar o posicionamento do senhor presidente no sentido de que o que é dito, por meio de um programa específico, na verdade não se confirma naquele que efetivamente é utilizado pelo ministério”, disse Rêgo Barros, acrescentando, porém, que seria preciso aguardar informações mais precisas.

Fux

Bolsonaro também comentou, em entrevista a jornalistas, encontro que teria com o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), no Palácio do Planalto, e recorreu mais uma vez a suas tradicionais analogias com namoro e casamento.

“É o futuro presidente do Supremo. Tenho que começar a namorá-lo a partir de agora”, disse.

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