Surto de gripe aviária resultaria em prejuízo de R$ 21,7 bilhões à economia brasileira, aponta estudo
Desde maio, quando foi confirmado o primeiro caso de gripe aviária no Brasil, diversos auditores fiscais e entidades tem trabalhado de forma a evitar o vírus H5N1 em granjas comerciais.
De acordo com estudo do Centro de Estudos do Agronegócio da Fundação Getúlio Vargas (FGV Agro), encomendado pelo pelo Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical), o impacto anual de uma disseminação da doença no país em grande escala seria de R$ 21,7 bilhões.
Por outro lado, para o agronegócio, o prejuízo ficaria na casa de R$ 11,8 bilhões.
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O levantamento projeta também uma perda de 46 mil postos de empregos formais em diversos setores, além da queda de $ 1,3 bilhão na arrecadação de impostos, assim como a diminuição de R$ 3,8 bilhões na renda do brasileiro.
O maior impacto seria nas atividades do agronegócio, que perderia 26 mil postos de trabalho.
O diagnóstico da FGV Agro tem um importante papel de nos trazer indicadores e projeções de como a gripe aviária pode impactar negativamente a economia. “O levantamento reforça que estamos no caminho certo, que é o de focar nossos esforços na contenção da disseminação do vírus especialmente nas agroindústrias”, afirma o presidente do Anffa Sindical, Janus Pablo Macedo.
Impactos por setores
Assim, o estudo da FGV Agro aponta ainda a relação do impacto da grive aviária em setores da economia.
De acordo com o levantamento, para cada perda de R$ 100 no valor das exportações de carnes aviárias, o setor de comércio perderia R$ 11, ou seja, o impacto indireto negativo para varejistas e atacadistas chegaria a 11% do total em perdas para a cadeia aviária.
Nessa linha, haveria também a redução de 8% na produção de rações animais, 6% no setor elétrico, 4% no transporte terrestre de cargas, dentre outros segmentos.
“Essa relação de prejuízos para cada setor da economia é uma situação hipotética levantada pelo estudo e nos mostra a dimensão do problema, caso a defesa agropecuária não agisse rapidamente. O Brasil tem capacidade para agir diante de um eventual surto. Estamos trabalhando em conjunto com o Mapa e os auditores agropecuários estaduais para evitar tais efeitos”, ressaltou Macedo.