Surto de Covid em Pequim alimenta temor de lockdown
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Pequim relatou o número mais alto de novos casos de Covid-19 de seu atual surto, o que alimenta preocupações de que a capital chinesa possa enfrentar um amplo bloqueio à medida que autoridades buscam eliminar a disseminação do vírus.
A cidade registrou 99 infecções no domingo, contra 61 no sábado. Embora o total ainda seja baixo, o aumento foi um dos maiores desde o início do surto, com a contagem de casos pairando em torno de 50 por dia até agora.
O surto crescente em Pequim ressalta os desafios da abordagem Covid Zero da China, com o fechamento sem precedentes de Xangai servindo de alerta de como os erros iniciais podem levar à rápida disseminação de um vírus que a China ainda tenta eliminar.
A estratégia tornou-se cada vez mais controversa diante de variantes altamente transmissíveis, deixando o país isolado do resto do mundo, mesmo que as autoridades busquem minimizar as consequências econômicas.
Houve 802 infecções relatadas em toda a China no domingo, contra 824 no sábado.
Foi a primeira vez que a contagem ficou abaixo de 1.000 desde 9 de março e caiu de um pico diário de quase 30.000 em 13 de abril. Xangai registrou 558 casos no domingo, contra 622 no sábado.
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Nenhuma nova infecção foi registrada fora da área de quarentena do governo no centro financeiro.
Os casos de Covid na China mostraram um declínio constante nos últimos dias e, embora a situação de Xangai esteja melhorando, há pressão para evitar uma nova alta, disse Lei Zhenglong, funcionário da Comissão Nacional de Saúde, em briefing na segunda-feira.
Pequim teve tanto núcleos de vírus quanto infecções isoladas, e há risco de transmissão em algumas áreas, disse Lei.
A contenção do vírus trouxe um impacto social e custo econômico avassaladores para a China.
Milhões de residentes de Xangai estão confinados em suas casas há semanas e, embora o bloqueio esteja diminuindo, muitas restrições permanecem.
A busca persistente da China pelo Covid Zero significa que o país provavelmente permanecerá em um ciclo de bloqueios e respostas rápidas até o congresso do Partido Comunista Chinês no final deste ano, quando se espera que o presidente Xi Jinping assegure um terceiro mandato sem precedentes no poder.
Os líderes têm prometido apoio financeiro para atingir as metas de crescimento do país e avaliam outras medidas para reduzir os danos à reputação internacional da China.
Pequim estuda uma redução no tempo que os recém-chegados à cidade devem ficar em quarentena – de duas para uma semana em um hotel, mais uma semana em casa – a pedido de empresas internacionais que têm tido dificuldade em trazer funcionários do exterior, segundo relatou o South China Morning Post.
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