Superintendente de Saúde do Rio é preso em nova operação contra desvios durante pandemia
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A polícia do Rio de Janeiro e os Ministérios Públicos fluminense e do Distrito Federal realizam nesta quarta-feira mais uma operação contra desvios na secretaria de Saúde do Estado durante a pandemia de Covid-19, doença respiratória causada pelo novo coronavírus, e cumprem 2 mandados de prisão e 9 de busca e apreensão.
Um dos alvos foi o superintendente da Secretaria de Saúde do Estado, Carlos Frederico Verçosa Duboc, que atua na área de finanças e orçamento da secretaria.
Parte dos mandados de busca e apreensão é cumprida no Rio e parte em Brasília.
Essa é a terceira fase da operação Mercadores do Caos que investiga fraudes e irregularidades na compra de respiradores para combater a pandemia de Covid-19.
Nas etapas anteriores, foram presos fornecedores dos respiradores, o ex-subsecretário de Saúde do Estado Gabriell Neves e o substituto dele Gustavo Borges.
O MP e a polícia estimam que foram desviados 18 milhões de reais na compra de respiradores.
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“Passados mais de dois meses da data de entrega dos respiradores comprados emergencialmente, sem licitação, nenhum equipamento foi entregue pelas empresas, nem o dinheiro devolvido aos cofres públicos”, informou o MP.
Não foi possível entrar imediatamente em contato com representantes de Duboc.
Desde o início da pandemia, já foram realizadas cinco operações contando com a realizada nesta quarta-feira que miraram contratações e compras da pasta da Saúde do Rio e mais de 20 pessoas foram presas, entre elas , um dos maiores fornecedores de mão de obra e serviços do Estado Mário Peixoto, que teria recebido vantagens desde a época do governo de Sérgio Cabral (MDB).
As suspeitas de fraude na saúde motivaram a abertura de um processo de impeachment contra o governador Wilson Witzel (PSC).
A comissão que vai analisar o impeachment do governador começa a trabalhar na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro nesta quinta-feira.