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‘Super susto’ afunda Ibovespa (IBOV): Gringos sacam R$ 840 milhões da B3 em ‘Super-Quarta’ da inflação

13 abr 2024, 14:33 - atualizado em 13 abr 2024, 14:40
ibovespa ibov
Gringos tiram R$ 839,32 milhões da bolsa na ‘Super-Quarta’ da inflação e Ibovespa cai 1,4% (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

Os investidores gringos tiraram o segundo maior valor de abril da bolsa de valores brasileira no dia em que os dados de inflação dos Estados Unidos (EUA) minaram apostas de um afrouxamento monetário já neste semestre. Na ‘Super-Quarta’, os investidores sacaram R$ 839,32 milhões.

O saldo do fluxo de capital estrangeiro é negativo, de R$ 1,6 bilhão no mês. O acumulado de 2024, de R$ 23,5 bilhões, é o pior da série histórica desde 2008, segundo os dados da Necton.

Naquele dia, o Ibovespa (IBOV) fechou o pregão em baixa de 1,41%, a 128.053,74 pontos. Desde então, o índice registrou outros duas novas quedas e perdeu, inclusive, o patamar dos 126 mil pontos.

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Na quarta, o Departamento do Trabalho norte-americano divulgou que o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) de março veio acima do esperado e subiu 0,4% na base mensal. A taxa anual chegou a 3,5%, acima da alta de 3,2% observada no mês anterior.

Além disso, no Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) avançou 0,16%. O IPCA acumula alta de 1,42% no ano e de 3,93% nos últimos 12 meses.

Apesar da desaceleração da inflação brasileira em relação à alta de 0,83% em fevereiro, o “IPCA ficou esvaziado por conta do CPI ligeiramente mais forte”, disse o analista da Empiricus Research, Matheus Spiess. Isso amargou o humor do mercado local.

EUA segue pressionando o Ibovespa

Federal Reserve (Fed) deve esperar mais para começar a cortar a taxa de juros, depois que o relatório do governo dos EUA mostrou uma inflação mais forte pelo terceiro mês consecutivo.

UBS BB, inclusive, revisou a perspectiva para os juros norte-americanos e, agora, espera que o primeiro corte do ciclo de afrouxamento aconteça só em setembro. A redução deve ser na magnitude de 0,25 ponto percentual (p.p.), avaliam os economistas em relatório.

“Com os dados disponíveis apenas reforçando a narrativa de uma forte expansão e uma melhoria teimosa e hesitante da inflação, pelo menos neste momento, estamos adiando nossas expectativas para o primeiro corte de 25 pontos base nas taxas de junho para a reunião do setembro”, avaliam Jonathan Pingle e a equipe do banco.

Além disso, o UBS passou a projetar que a taxa básica de juros caia apenas 0,50 p.p. este ano. A segunda redução de 0,25 p.p. deve ocorrer na reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) de dezembro.

Veja o histórico do fluxo de capital estrangeiro

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