Giro do Mercado

Super Quarta: Copom deve adotar postura mais flexível após provável alta da Selic hoje

19 mar 2025, 14:27 - atualizado em 19 mar 2025, 14:27

O tão esperado dia de Super Quarta chegou, e hoje (19), o mercado aguarda pelas decisões nas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) e do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês).

No cenário doméstico, a expectativa é de que o Banco Central (BC) eleve a taxa Selic em 1 ponto percentual, alcançando 14,25% ao ano. Já no exterior, o Federal Reserve (Fed) deve manter as taxas de juros no intervalo de 4,25% a 4,50% ao ano.

No Giro do Mercado desta quarta, Matheus Spiess, analista da Empiricus Research, chamou a atenção para o fato de que a decisão de hoje é a última “contratada” ainda na gestão de Roberto Campos Neto. Com isso, o tom das próximas decisões pode mudar.

“A partir de agora é a gestão do Galípolo. A diretoria de política monetária está com Nilton David. São sete diretores já indicados pelo Lula. É outro Banco Central, que pode tomar uma nova decisão”.

Para o analista, a nova equipe parece ser mais “dovish“, ou seja, parece ser mais flexível, mais expansionista e mais atenta à desaceleração do que propriamente a inflação.

“Estamos vendo essa desaceleração da atividade. O governo, atento à perda de popularidade e com a desaceleração vindo, deve afetar o índice de miséria, que é o somatório do desemprego e inflação”, diz. “Ele tem tomado medidas, inclusive essa própria isenção será uma delas a partir de 2026, para aquecer a economia”.

Por outro lado, Spiess vê nova dinâmica com um primeiro passo para uma redução da intensidade do ciclo de aperto monetário, e depois, e em um segundo momento, o debate sobre cortes de juros. O debate deve acontecer ao longo do ano, porém, com sua definição ao final de 2025, disse.

Ibovespa (IBOV) opera acima dos 130 mil pontos, seguindo a maré positiva nos últimos dias. Por volta das 12h32, o principal índice da bolsa brasileira avança 0,73%, aos 132.429,50 pontos.

Ibovespa em dia de Super Quarta e isenção do IR até R$ 5 mil

Na véspera, o governo apresentou o projeto que isenta o Imposto de Renda das pessoas que ganham até R$ 5 mil por mês.

Essa era uma das promessas de campanha de Lula e foi apresentado pelo ministro Fernando Haddad em novembro do ano passado, junto ao pacote de contenção de gastos do governo.

Spiess destaca que não havia uma novidade em si com essa “não notícia” em relação à isenção, e dessa forma, “o mercado sequer se comportou frente à formalização deste pacote”. Entretanto, ele aponta que apesar de ser uma medida ainda que justa e com seus devidos méritos, acaba “soando como populista ou eleitoreira”.

Para ele, o problema não é a isenção em si, e sim, em como o governo está lidando e colocando-a em prática.

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Estudante de jornalismo na Universidade São Judas Tadeu, tem habilidades em edição de imagens e vídeos além da paixão pelo meio de comunicações. Estuda inglês e está em busca da fluência.
vitoria.pitanga@moneytimes.com.br
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