Sumô dos mercados: novo recorde da bolsa de Tóquio, payroll dos EUA, balanço da Petrobras e outros destaques que agitam as bolsas

Leitoras e leitores do Seu Dinheiro,

Como prometido faz muitas luas (e newsletters) passadas, me comprometi a escrever um texto relacionando sumô e mercados financeiros.

Pois bem, para sorte de vocês — e desespero dos meus editores —, hoje é o dia muito mais que oportuno.

Começo com uma breve explicação: as competições de sumô costumam se estender por dias até que se chegue aos campeões das seis divisões existentes.

E faz sentido iniciar o texto assim: a semana começa com um novo recorde do índice Nikkei, da bolsa japonesa de Tóquio. Ela fechou acima dos 40 mil pontos pela primeira vez na história.

A terra natal do sumô embalou em uma dieta regada a inteligência artificial (IA) para subir de nível no Rygoku Kokugikan, o tradicional torneio da luta que leva o nome do estádio onde ocorre o evento.

Vale lembrar que as ações de tecnologia foram algumas das mais penalizadas durante a pior fase da covid-19, o que levou bolsas do gênero ao chão até a relativa melhora no pós-pandemia.

Mas a semana promete trazer pesos pesados além da IA para as disputas do mercado financeiro.

Nesta semana teremos o payroll dos Estados Unidos, o relatório de emprego mais monitorado do planeta, um verdadeiro yokozuna (título dado a grandes campeões de sumô) do mercado.

Ele ajudará o Federal Reserve, o BC por lá, a balizar a decisão sobre juros, que acontece em pouco mais de 15 dias.

Os investidores já consideram que o primeiro corte nos juros norte-americanos só deve acontecer na reunião de junho deste ano, enquanto as previsões anteriores previam um afrouxamento do aperto monetário um pouco antes.

Seja como for, há um makuuchi (categoria mais alta de lutadores) que irá assustar os mercados antes, principalmente o Ibovespa. Estou falando do balanço da Petrobras (PETR4), um peso-pesado da bolsa.

Enquanto o público aguarda esses dois grandes eventos no dohyô (arena de luta), outros indicadores menores devem entreter os investidores ao longo da semana. Índices de inflação e atividade econômica, como os PMIs, agitam os próximos dias.

Para acompanhar a semana de competições dos pesos pesados no mercado financeiro, acompanhe o ao vivo do Seu Dinheiro.

O que você precisa saber hoje

SD ENTREVISTA
Comprar imóvel para alugar ou investir em FIIs residenciais para renda? Inter lista cinco vantagens dos fundos e vê segmento em expansão. Os fundos residenciais para a renda demoraram a surgir no Brasil, mas, para a casa, deve ganhar tração nos próximos anos.

ANOTE NO CALENDÁRIO
Agenda econômica: Payroll é o principal indicador da semana lá fora, enquanto Brasil acompanha balanço da Petrobras (PETR4). Dados sobre o balanço orçamentário, o Caged e a balança comercial também serão fundamentais para entender a trajetória futura da economia brasileira.

DEZ ANOS DEPOIS
Operação Lava Jato: Quase metade dos brasileiros desaprovam ações de Moro, enquanto 43% acreditam que Lula é culpado, mostra pesquisa. Uma década após o início da operação, 44% desaprovam a postura do ex-juiz e 40% aprovam, de acordo com estudo da Quaest.

DE OLHO NO FISCAL
E agora, Biden? A dívida nacional dos EUA cresce US$ 1 trilhão a cada 100 dias, diz governo norte-americano. Houve uma aceleração da dívida no ritmo de crescimento nos últimos meses, para o atual patamar de US$ 34 trilhões.

TECNOLOGIA
O ChatGPT vai te substituir? Inteligência artificial poderá passar em testes humanos em cinco anos, projeta CEO da Nvidia. O tempo que o Vale do Silício vai demorar para atingir um de seus objetivos de longa data depende de como a meta será definida, afirmou Jensen Huang.

Um forte abraço e boa semana para você!