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SulAmérica derrapa feio, no primeiro trimestre, e mercado não perdoa

14 maio 2020, 17:38 - atualizado em 14 maio 2020, 17:39
Nada a fazer: para o Banco Safra, não é hora de apostar nas ações da SulAmérica (Imagem: Divulgação/Sul América)

A SulAmérica (SULA11) não agradou ninguém, com o balanço do primeiro trimestre, divulgado na noite de ontem (13). As pesadas baixas em sua carteira de ações, devido ao tombo da Bolsa causado pelo coronavírus, levaram a seguradora a lucrar 64% menos que no mesmo período do ano passado.

O resultado é o que se viu no pregão desta quinta-feira (14), em que suas ações operam com uma forte queda. Por volta das 16h55, as units recuavam nada menos que 8,41%, e eram cotadas a R$ 37,26.

Enquanto isso, o Ibovespa acelerava a alta, após passar o dia meio apático, e subia 1,39%, para 78.850 pontos.

Segundo Luis Azevedo e Silvio Dória, que assinam o relatório do Banco Safra, além das perdas no mercado de ações, a Sul América sofreu também com o aumento da sinistralidade. No ramo de seguros-saúde, ela chegou a 82,5%, um acréscimo de 3 pontos percentuais sobre o mesmo período do ano passado.

Decepção

No segmento de automóveis, os analistas destacam outro trimestre decepcionante. O total de prêmios recolhidos caiu 5,5% sobre um ano atrás, devido à queda do tíquete médio por apólice. O desempenho é atribuído pelo Banco Safra ao cenário mais competitivo nesse segmento.

Dois fatores ajudaram a piorar as coisas. Primeiro, a frota coberta pela seguradora permaneceu praticamente estagnada em 12 meses. O 1,7 milhão de veículos segurados representam um acréscimo de 12 mil em relação a março de 2019.

Outro fator foram as fortes chuvas no Brasil, que contribuíram para o aumento de 4,1 pontos percentuais na sinistralidade, que chegou a 63,6% no primeiro trimestre.

Diante desse cenário, o Safra não se empolga com as perspectivas da Sul América na Bolsa. O banco lembra que as units são negociadas, atualmente, a 13,2 vezes o P/L de 2020, acima de sua média histórica de 10,9 vezes.

Por isso, o banco mantém a recomendação neutra para os papéis, com preço-alvo de R$ 37. O valor é, inclusive, 9% menor que a cotação usada como referência pelo Safra.

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