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Suinocultura de Santa Catarina é desafiada a manter volumes, diz presidente do Sindicarnes

20 abr 2021, 7:51 - atualizado em 20 abr 2021, 7:53
“O grande desafio é manter o volume de produção e exportação, agregando valor ao produto, principalmente quando se observa o avanço da peste suína clássica pelo mundo”, comenta o presidente do Sindicarne de Santa Catarina (Imagem: Divulgação/Sindicarne)

A suinocultura catarinense continua liderando a produção e a exportação brasileira, e o Estado superou mais um recorde nas exportações mensais do produto.

Em março, o agronegócio catarinense embarcou 55,7 mil toneladas de carne suína, faturando US$ 138,4 milhões. Trata-se da maior marca desde o início da série histórica em 1997.

O ano iniciou com quedas nas exportações de carne suína, mas Santa Catarina retomou o crescimento e ampliou as vendas para os maiores mercados.

Os principais destinos para a carne suína produzida no Estado ampliaram suas compras no último mês, com destaque para a China que proporcionou um incremento de 53,6% em divisas.

Para o presidente do Sindicato das Indústrias da Carne e Derivados no Estado de Santa Catarina (Sindicarne), José Antônio Ribas Júnior, Santa Catarina perdeu para o Paraná, no passado, a liderança na avicultura brasileira em razão de vantagens competitivas do vizinho, como incentivos fiscais, excelente infraestrutura, condições logísticas e abundância de milho.

“São facilidades que não temos aqui e que exigem muito esforço para mantermos nossa hegemonia”, observa o dirigente.

Porco
Em março, o agronegócio catarinense embarcou 55,7 mil toneladas de carne suína, faturando US$ 138,4 milhões (Imagem: Reuters/Kacper Pempel)

Ribas assinala que a cadeia produtiva catarinense continua otimizando a produção e, atualmente, mais de 30 mil suínos são abatidos diariamente.

Para manter esse volume de processamento industrial há uma base produtiva formada por mais de 3,9 milhões de animais alojados em campo.

A cadeia é operada por aproximadamente 6.000 integrados, cooperados e produtores independentes.

O ano de 2020 foi de intensa produção, com um crescimento superior aos 35% em comparação com 2019, atingindo um volume exportado superior aos US$ 1,3 bilhão.

O presidente do Sindicarne aponta que “o grande desafio é manter o volume de produção e exportação, agregando valor ao produto, mantendo a sanidade como fator predominante na cadeia produtiva, principalmente quando se observa o avanço da PSA (peste suína clássica) pelo mundo”.

Já os fatores externos dizem respeito à necessidade de equilibrar preço de grãos e sua oferta, redução de custos internos e equilíbrio de contas frente alta de elementos como energia elétrica, combustíveis (frete), materiais de construção e mão de obra para expansão, além da escassez de silos de armazenagem.

A falta de linhas de crédito é outro obstáculo indicado pelo sindicalista.

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