Suécia propõe lei de segurança para buscar apoio da Turquia em candidatura à Otan
O governo da Suécia enviará um projeto de lei antiterrorismo ao Parlamento nesta quinta-feira na expectativa de persuadir a Turquia, membro da Otan, a abandonar objeções à adesão do pais à aliança militar liderada pelos Estados Unidos.
A nova lei, cuja elaboração começou em 2017 depois que um caminhão foi conduzido contra uma multidão em Estocolmo matando cinco pessoas, criminalizaria “a participação em uma organização terrorista”, disse o governo.
A Suécia e a Finlândia se inscreveram no ano passado para ingressar na Otan em meio a temores crescentes de segurança depois que a Rússia invadiu a Ucrânia, mas enfrentaram objeções inesperadas da Turquia, que diz que Estocolmo abriga o que Ancara chama de membros de grupos terroristas.
A Turquia indicou recentemente que aprovará apenas a entrada da Finlândia na Otan.
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Um porta-voz do ministro da Justiça sueco, Gunnar Strömmer, disse que o governo apresentará seu projeto de lei ao Parlamento nesta quinta-feira, depois de aprová-lo formalmente.
“Combater o terrorismo é uma parte central do acordo trilateral”, disse Strommer em um artigo no jornal Dagens Nyheter, referindo-se a um memorando trilateral sobre os passos para a ratificação turca assinado no ano passado por Turquia, Suécia e Finlândia.
A Turquia e a Hungria são os únicos membros da Otan que não ratificaram os pedidos da Suécia e da Finlândia. Outros membros esperam que os países nórdicos entrem na aliança até uma cúpula da Otan em julho.
Ancara quer que Helsinque e Estocolmo, em particular, adotem uma linha mais dura contra o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), considerado um grupo terrorista pela Turquia e seus aliados ocidentais, incluindo Suécia e Finlândia, e outro grupo que culpa por uma tentativa de golpe em 2016.