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Sucroenergia: os papéis recomendados pela XP em 2023 depois dos resultados do 4T22

03 abr 2023, 16:06 - atualizado em 03 abr 2023, 16:06
Ações de etanol sucroenergia
Segundo a XP, os papéis do setor de sucroenergia devem ser beneficiado pela retomada dos impostos, a mudança do ICMS e a alta do petróleo (Imagem: Reprodução)

A temporada de divulgação de resultados do quarto trimestre de 2022 (4T22) das empresas do agronegócio chegou ao fim. Com isso, a XP Investimentos traz os destaques dos diversos setores.

Além dos frigoríficos, a corretora também avaliou as empresas de sucroenergia. Confira a recomendação da XP para as ações em 2023 e a análise dos números do 4T22.

Quais ações de sucroenergia inserir na carteira de ações?

No setor de sucroenergia, o 4T22 foi muito marcado por uma pressão de custos, o que espremeu as margens do setor. No entanto, para Leonardo Alencar, analista da XP, o segmento vem recuperando produtividade para a próxima safra.

Segundo ele, isso sinaliza um cenário positivo daqui para frente, aliado aos preços mais caros do açúcar. Por outro lado, o último trimestre de 2022, que representa o primeiro trimestre do calendário 2023, conta com poucos eventos. Isso porque não há moagem ou produção, apenas consumo de estoque.

“A Jalles Machado consumiu muito estoque no 4T22 e tem pouco pra consumir agora, a São Martinho faz exportação de etanol. Para a Raízen, há esse temor quanto à dinâmica do açúcar e etanol que já foi desafiadora. Ainda existe uma pressão, só que conseguiram realizar muitos tradings de etanol, o que ajudou”, explica Alencar.

Segundo o analista, a parte de distribuição de combustíveis deve ser desafiadora sobre tudo por causa de mudanças tributárias que acontecem no setor. Para ele, ainda há muito ruído. “Eu diria que para açúcar e etanol o 4t22 foi ruim e o 1T23 não tem muitas novidades. A expectativa é que a partir do 2T23, o estrutural esteja melhor”, avalia.

Contudo, em função da alta do açúcar, queda dos custos de produção e retomada da produtividade, há um ânimo por parte da XP. De acordo com a corretora, fatores como a retomada dos impostos dos combustíveis, a mudança do ICMS e a alta do petróleo são fatores que elevam a competitividade do etanol e favorecem as expectativas para o setor. “Na nossa projeção de recuperação, o setor de sucroenergia deve se recuperar mais rápido”, analisa Alencar.

XP recomenda

Assim, a XP recomenda a compra das ações da Raízen, com preço-alvo de R$7,10. A mesma recomendação tem os papéis da São Martinho (SMTO3) e da Jalles Machado (JALL3), com preço-alvo de R$ 33,50 e R$ 11,00, respectivamente. Aliás, a São Martinho está na carteira das ações mais recomendadas da XP.

O que dizem os resultados 4T22?

Jalles Machado (JALL3)

A companhia de açúcar e etanol Jalles Machado (JALL3) registrou lucro líquido de R$ 450,9 milhões para o terceiro trimestre da safra 2022/2023 (3T23), período equivalente entre outubro a dezembro de 2022 (4T22) no ano fiscal. O resultado representa aumento de 166% ante igual período do ciclo anterior (3T22), quando obteve R$ 169,5 milhões de lucro.

A geração de caixa medida pelo Ebitda ajustado teve alta de 7,5% no comparativo anual, para R$ 313,5 milhões. Já a margem Ebitda foi de 61,6%.

A receita líquida aumentou 41,3% na comparação anual, totalizando R$ 509,3 milhões.

São Martinho (SMTO3)

A São Martinho (SMTO3) reportou lucro líquido de R$ 429,7 milhões no terceiro trimestre da safra 2022/2023 (3T23), período equivalente ao intervalo entre outubro a dezembro de 2022 (4T22) no resultado fiscal. A companhia ficou 38,3% abaixo do resultado reportado em igual período do ano retrasado (3T22), quando foi somado R$ 696,9 milhões.

O Ebitda ajustado no trimestre foi de R$ 774,9 milhões, uma queda de 13,2% ante o resultado de um ano atrás.

Raízen (RAIZ4)

A Raízen (RAIZ4) reportou lucro líquido ajustado de R$ 256 milhões no terceiro trimestre de seu ano-safra 2022-2023 (3T23). O período corresponde aos meses de outubro a dezembro de 2022 (4T22). O lucro apresentou queda de 79% em relação ao lucro de R$ 1,22 bilhão obtido no mesmo intervalo do ano retrasado.

Já o Ebitda ajustado, importante referência dos analistas para estimar a geração de caixa, encolheu 11,8% no período, passando de R$ 3,36 bilhões para R$ 2,96 bilhões.

A receita líquida de R$ 66,36 bilhões representou um crescimento de 9% na mesma comparação, enquanto o lucro bruto caiu 16%, para R$ 3,48 bilhões.

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