Suco de laranja: consumo já cai com preços mais altos e antecipa 2023 recessivo
Na safra de laranja 22/23, que deverá se concluir em alta de 20%, as indústrias de suco vão enfrentar desafios da demanda mais inelástica em 2023, pelo menos no primeiro semestre.
Engarrafadoras da União Europeia (UE), americanas e japonesas vão fechar 2022 já repassando a alta dos preços dos últimos meses e deverão seguir assim, mesmo sem trégua da inflação, na medida em que as moedas fortes se depreciam frente ao dólar.
As gôndolas desses países já acusam altas de 20% a 30% nos preços.
Nesse quadro traçado pelo Rabobank, em Perspectivas para 2023, há outro componente além da macroeconomia. O fim dos bloqueios pós-pandemia.
Apesar da resiliência de novas variantes e ascensão de casos da covid, ainda assim não se espera a volta aos lares. Até a menor preocupação com a ingestão de vitamina C, que foi propulsada em 2020 e 2021, graças ao esforço das populações em reforçaram e imunidade, foi relaxada, pontua o relatório da instituição.
Com tudo, o Rabobank projeta o consumo global no ciclo 22/23 de 1,56 milhão de toneladas de suco FCOJ, uma nova queda quando comparado com o 1,61 milhão de toneladas equivalente no ciclo 2021/22.
E nem os estoques projetados mais baixos, no Brasil e nos Estados Unidos, bem como menor produção na Flórida e no México, darão fôlego aos preços.
A safra daqui, avaliada em cerca de 315 milhões de caixas, após duas temporadas ruins por clima prejudicial nos invernos passados, também não será suficiente para recompor os inventários.
Mesmo assim, não deverá haver ‘punch’ para as cotações e os futuros de Nova York não conseguirão se manter na tabela positiva.
Sem consumo, não tem acordo.
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