Subway EUA reassume operação brasileira em meio à crise da SouthRock; entenda
A matriz americana do Subway comunicou que vai reassumir a operação no Brasil, segundo informações do Valor Econômico. O movimento ocorre em meio à crise da SouthRock, que operava a marca localmente.
Conforme o periódico, a franqueadora Doctor’s Associate LLC já havia comunicado a SouthRock sobre a rescisão do contrato. No entanto, a holding seguia a frente do negócio enquanto buscava negociar o contrato com a matriz e buscar um novo dono no Brasil.
O comunicado da rescisão foi dado a SouthRock em 11 de outubro, antes do grupo receber a notificação sobre a Starbucks.
Segundo fonte ouvida pelo jornal, a matriz americana está tomando a frente das negociações com interessados na operação do Subway no Brasil. Neste sentido, a companhia havia negociado com um grupo mexicano, no entanto, o principal grupo interessado é a Cacau Show.
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SouthRock pede recuperação judicial
A companhia entrou com pedido de recuperação judicial em 31 de outubro. O documento elaborado pela TWK Advogados, no qual o Money Times teve acesso, tem 30 páginas e cita dívidas de R$ 1,8 bilhão.
Contudo, tal processo não cita o Subway. Ao Money Times, a SouthRock disse que a marca Subway não faz parte do pedido de recuperação judicial “por uma decisão de negócios, tomada em conjunto com os parceiros comerciais”.
O fundo de investimento focado no setor de alimentos e bebidas também é dono da operação do centro de gastronomia Eataly e do TGI Fridays no país.
A empresa, do investidor norte-americano Ken Pope, entrou com o pedido de RJ em São Paulo alegando que “é onde são realizadas as operações comerciais que geram a maior parte das receitas e onde estão situados os ativos mais relevantes”.
A SouthRock explica que solicitou a recuperação judicial para proteger financeiramente algumas de suas operações no Brasil atrelado a decisões estratégicas para ajustar seu modelo de negócio ao atual cenário econômico.
“Os ajustes incluem a revisão do número de lojas operantes, do calendário de aberturas, de alinhamentos com fornecedores e stakeholders, bem como de sua força de trabalho tal como está organizada atualmente”, reforça.
* Com Flávya Pereira