Fundo Verde

Stuhlberger: “Bolsonaro é um cenário que o mercado ainda gosta”

25 set 2018, 8:52 - atualizado em 25 set 2018, 8:53
“Bolsonaro é um cenário que o mercado ainda gosta”, avalia o gestor

O gestor do famoso fundo Verde,  Luis Stuhlberger, está com um “pequeno otimismo” com os ativos brasileiros, mostra uma entrevista exclusiva concedida para a jornalista Luciana Seabra do site Seu Dinheiro. A reportagem revela que a principal posição do fundo hoje está em NTN-Bs, com vencimento em 2023, 2036 e 2028.

“Eu posso estar um pouco menos pessimista do que o mercado, vai? Essa é a observação número um. E a observação número dois: acho que muito já está no preço. Em uma situação normal de Brasil, os preços estariam diferentes para qualquer coisa que você compre”, disse. Veja aqui a entrevista completa.

Sobre política, o gestor avalia que o mercado gostará muito mais do Jair Bolsonaro do que do Fernando Haddad. “Bolsonaro é um cenário que o mercado ainda gosta. O mercado piora por ver que o segundo colocado nas pesquisas é o PT. Isso é impensável, né? Voltemos ao fim de 2015: o PIB já tinha colapsado”.

Verde

Em seu último relatório mensal, o fundo Verde destacava que o contexto brasileiro se voltou totalmente ao cenário eleitoral, respondendo aos resultados das pesquisas, mesmo antes do início da campanha eleitoral no rádio e na televisão. Com isso, aponta o levantamento que o mercado local continua em busca frenética por ajustar diariamente as probabilidades da eleição.

“A volatilidade dos preços foi, até aqui, maior que a volatilidade das pesquisas. Ainda temos quase dois meses ainda pela frente até o segundo turno e não é óbvio que isso deve mudar. O espólio da (surpreendentemente forte) candidatura Lula está em disputa na esquerda, enquanto ao centro o caminho para o crescimento de Alckmin é tortuoso, seja pelo consolidado voto na direita, seja pelas candidaturas menores que tomam quinhões tradicionais do eleitorado tucano”, completa o documento.

O fundo aproveitou a volatilidade de agosto para aumentar marginalmente sua posição na bolsa brasileira. “Mantemos posições em juro real na parte intermediária da curva, com proteção em posições tomadas em juros americanos”.