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StoneX projeta aumento da safra de café do Brasil para 62,3 mi sacas em 23/24

14 fev 2023, 16:06 - atualizado em 14 fev 2023, 16:40
StoneX
“Apesar do aumento em relação à temporada anterior, avaliamos como uma safra muito abaixo do potencial produtivo”, disse a StoneX (Imagem: Pixabay/mammela)

A safra de café do Brasil 2023/24 foi estimada nesta terça-feira em 62,3 milhões de sacas de 60 kg, aumento de 2,5 milhões de sacas ante o ciclo passado, mas abaixo ainda do potencial do parque cafeeiro do país com efeitos de problemas climáticos, apontou a consultoria StoneX.

A safra de café arábica, que responde pela maior parte da produção nacional, foi vista em 40,7 milhões de sacas, enquanto a de grãos canéforas (robusta/conilon) deverá somar 21,6 milhões de sacas.

A StoneX vê um aumento de mais de 4% na produção de arábica ante a safra passada, enquanto projeta uma ligeira alta na colheita de robusta/conilon na comparação com o ciclo anterior, que foi recorde.

“Apesar do aumento em relação à temporada anterior, avaliamos como uma safra muito abaixo do potencial produtivo”, disse analista da StoneX, Fernando Maximiliano, citando em relatório que algumas regiões sofreram com o clima seco, principalmente durante o pegamento da florada.

Maximiliano disse que o levantamento foi feito após visita a mais de 100 municípios nas principais regiões produtoras do país, nos Estados da Bahia, Espírito Santo, Rondônia, Minas Gerais e São Paulo, enquanto as lavouras ainda se desenvolvem, uma vez que os trabalhos de colheita de robusta ainda vão levar mais algumas semanas para ter início.

Apesar de ter notado a inversão do ciclo bianual do arábica, após seca e geadas em safras recentes, o analista descartou a possibilidade de a produção deste ano poder superar a marca histórica de 2020 (67,6 milhões de sacas), quando a colheita de arábica somou 47,6 milhões de sacas.

A consultoria disse que a região do Sul de Minas Gerais, principal produtor de café do Brasil, foi “muito impactada pelo clima seco e, principalmente, pela geada” de 2021.

Lembrou ainda que o Cerrado mineiro foi um dos mais afetados pela geada de 2021, “o que alterou drasticamente a tendência da produção na região e o próprio ciclo bianual do café”.

No que se refere aos canéforas, a StoneX apontou expectativa de queda de 1,6% na safra do principal Estado produtor, Espírito Santo, para 15,1 milhões de sacas. De outro lado, espera aumentos nas colheitas de Rondônia e Bahia.

(Atualizada às 16:40)

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