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StoneX eleva previsão de safra de soja do Brasil com ajuste na área e produtividade

03 abr 2023, 13:36 - atualizado em 03 abr 2023, 13:36
Soja
Os estoques finais da safra anterior somaram apenas 700 mil toneladas, segundo a StoneX (Imagem: REUTERS/Jorge Adorno)

Com colheita realizada em mais de 75% das áreas, a safra de soja do Brasil 2022/23 foi estimada nesta segunda-feira em um recorde de 157,7 milhões de toneladas, alta de 3 milhões de toneladas na comparação com a previsão de março, com ajustes nas produtividades e na área plantada, de acordo com levantamento da consultoria StoneX.

O relatório apontou aumentos da produtividade média em vários Estados, como os do Centro-Oeste, do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Pará), São Paulo e Paraná, além de ajustes positivos de área plantada, que levou o total do Brasil para 44,17 milhões de hectares, versus 43,9 milhões de hectares, na estimativa anterior.

Segundo a Stonex, houve um aumento de área de mais de 7% ante a temporada passada, ou quase 3 milhões de hectares, o que ajudou a compensar uma quebra de safra no Rio Grande do Sul.

Maiores produtividades na maior parte do Brasil também favoreceram o aumento de 23,9% na safra do país ante a temporada passada, quando a seca fez mais estragos no Sul brasileiro.

“A safra brasileira de soja 2022/23 driblou o clima ruim no Rio Grande do Sul, cuja produção está estimada em 15 milhões de toneladas, e tem avançado significativamente conforme os trabalhos de colheita indicam produtividades excelentes e até mesmo recordes”, disse a consultoria em relatório.

Apesar da quebra no Rio Grande do Sul, que tinha potencial para colher mais de 20 milhões de toneladas, a safra gaúcha supera a do ano passado, que somou pouco mais de 11 milhões de toneladas.

A consultoria citou especulações sobre quanto a Argentina poderá comprar de soja do Brasil, mas manteve sua estimativa de embarques totais em recorde de 96 milhões de toneladas, versus 78,7 milhões na temporada passada.

O Brasil está prestes a fornecer até metade da soja que a Argentina importará depois que a pior seca em 100 anos devastou seus campos e cortou a produção de 2023 quase pela metade, disseram analistas à Reuters.

“Caso essa demanda se confirme, com a produção recorde, os estoques finais ainda ficariam em 9 milhões de toneladas”, explica Ana Luiza Lodi.

Os estoques finais da safra anterior somaram apenas 700 mil toneladas, segundo a StoneX.