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StoneX eleva previsão de safra de soja do Brasil 2022/23 a 153,6 mi t

01 set 2022, 13:02 - atualizado em 01 set 2022, 15:06
Soja, Alimentos, Agricultura
Segundo a analista, esse nível de produção abriria espaço para estoques um pouco mais elevados, estimados em 7,48 milhões de toneladas (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

A produção de soja do Brasil no ciclo 2022/23 foi estimada nesta quinta-feira em uma máxima histórica de 153,6 milhões de toneladas, pouco mais de 1 milhão acima do primeiro número divulgado pela StoneX, em agosto, conforme relatório.

Em sua revisão de setembro, a consultoria reportou ajustes na produtividade esperada para alguns Estados, como Goiás e Maranhão, Tocantins, Piauí e Pará.

“Uma safra recorde tem espaço para ser acompanhada também de um crescimento da demanda, com destaque para as exportações, que poderiam atingir 100 milhões de toneladas”, disse a especialista de Inteligência de Mercado da StoneX, Ana Luiza Lodi, mantendo projeção de embarques ao exterior divulgada no mês passado.

Segundo a analista, esse nível de produção abriria espaço para estoques um pouco mais elevados, estimados em 7,48 milhões de toneladas.

Ainda que a semeadura não tenha começado, a maior preocupação é com o clima, uma vez que o fenômeno La Niña poderá ocorrer pelo terceiro ano consecutivo, afetando o regime de chuvas, como houve no Sul do Brasil no ciclo anterior, reduzindo a produção total do país.

A safra passada somou 127,2 milhões de toneladas, segundo números da StoneX.

Além de o volume de precipitações tender a diminuir no Sul, em períodos de La Niña, a possibilidade de uma demora na regularização das chuvas também preocupa. Um atraso na volta das precipitações pode resultar em atrasos no plantio.

“Com o plantio ainda não iniciado, ainda podem ocorrer muitas mudanças no balanço da soja, tanto pelo lado da oferta, quanto da demanda”, alertou a especialista.

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Milho

A StoneX reduziu sua expectativa de produção de milho primeira safra 2022/23 para 29,85 milhões de toneladas, quase 500 mil a menos que a estimativa de agosto.

Isso porque a perspectiva para área de plantio caiu de 4,37 milhões para 4,32 milhões de hectares, no comparativo mensal. O número também fica abaixo dos 4,49 milhões de hectares cultivos na temporada passada.

“O principal condicionante desse recuo da produção esperada para o verão foi o ajuste negativo da área plantada em Minas Gerais, que ocorreu diante de uma menor demanda observada de insumos, como sementes”, disse Ana Luiza.

O cereal de verão também tem perdido espaço em algumas regiões para o cultivo da soja, que se mostra mais rentável.

A StoneX reduziu sua expectativa de produção de milho primeira safra 2022/23 para 29,85 milhões de toneladas, quase 500 mil a menos que a estimativa de agosto (Imagem: Pixabay/kiora_geta)

Apesar do ajuste, as projeções continuam sendo de crescimento na produção frente ao ano anterior, quando houve registro de perdas devido ao clima seco no Sul e a colheita ficou em 26,4 milhões de toneladas.

Em uma estimativa preliminar, a StoneX acredita que o país tem potencial para produzir um total 125,05 milhões de toneladas de milho em 2022/23, contra 121,63 milhões no ciclo anterior.

“Como a maior parte da oferta depende da safrinha, a produção total só vai ser definida em 2023, quando o plantio de inverno já estiver completo e o clima definido para o desenvolvimento das lavouras”, disse ela.

O potencial é de safra recorde, fazendo frente à demanda crescente.

As exportações estão estimadas em 45 milhões de toneladas e o consumo interno em 80 milhões, tendo o setor de carnes como importante consumidor para fabricação de ração animal, além das usinas de etanol de milho.

Para a temporada anterior, a consultoria projetou embarques de 42 milhões de toneladas e demanda interna de 76 milhões.

Com isso, o balanço de oferta e demanda do cereal indica estoques em 13,66 milhões de toneladas para o ciclo 2022/23, versus 12,62 milhões um ano antes.

(Atualizada às 15:06)

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