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StoneX corta projeções para safra 2023/2024 de soja e milho no começo do ano; entenda

02 jan 2024, 14:43 - atualizado em 02 jan 2024, 14:44
milho soja argentina
Empresa também corta projeções para as exportações de soja e milho na temporada atual; confira números atualizados (Foto: Sistema FAEB)

A StoneX cortou suas estimativas para as safras de milho e soja do Brasil na temporada 2023/2024, na comparação com os números projetados para dezembro do ano passado.

Com isso, a safra da oleaginosa recuou 5,6% em janeiro, para 152,8 milhões de toneladas, contra o previsto no último mês de 2023. Se confirmado, esse volume não configurará um recorde, ficando abaixo da safra passada.

A falta de chuvas na maioria das regiões produtoras do país nos últimos meses tem afetado o potencial produtivo das lavouras.

Em dezembro, ainda foi registrada uma irregularidade de precipitações, principalmente na primeira quinzena do mês, em várias regiões. Dessa maneira, as perdas esperadas foram potencializadas.

É importante lembrar que o clima nos próximos meses ainda continuará sendo importante, uma vez que alguns Estados plantam mais tarde e houve atrasos na semeadura.

Quanto ao milho, a empresa reduziu novamente sua estimativa de produção da primeira safra 2023/24, para 25,81 milhões de toneladas, recuo de 2,4% em comparação com o número divulgado em dezembro de 2023.

A principal razão do corte foi a revisão para baixo nas estimativas de produtividade nos estados do Maranhão, Piauí, Tocantins e Pará.

Boa parte da região Norte/Nordeste apresentou chuvas muito irregulares e, por mais que algumas regiões tenham apresentado melhora nas condições, parcela relevante das lavouras enfrentou condições climáticas desfavoráveis.

Assim, a estimativa de produção da safra de inverno 2023/24 também foi reduzida, para 96,56 milhões de toneladas, queda de 0,8% no comparativo mensal.

Exportações

Soja

Com a queda expressiva da produção esperada de soja 2023/2024 reduzindo a disponibilidade da oleaginosa, as exportações também devem ficar menores no próximo ano, com a StoneX diminuindo sua estimativa para 95 milhões de toneladas.

Quanto ao consumo interno, não houve mudanças, mantendo-se as 57,5 milhões de toneladas, com o esmagamento representando 54,5 milhões.

Mesmo com o aumento da mistura de biodiesel para 14% em 2024, a estimativa de consumo doméstico já indicava um crescimento anual importante e há volumes expressivos de exportação de óleo que devem ser direcionados ao mercado interno. Caso necessário, esse número será ajustado no futuro.

Milho

Em meio às revisões realizadas nas 1ª e 2ª safras 2023/24, a produção total brasileira 2023/24 foi reduzida para 124,56 milhões de toneladas, volume aproximadamente 1,5 milhão de toneladas menor que o trazido no relatório de dezembro.

Pelo lado da demanda, houve um corte nas exportações de milho em 2022/23, de 1 milhão de toneladas, para 54 milhões.

Contudo, apesar da redução, o volume ainda seria um recorde para o país. Em meio às mudanças realizadas, os estoques finais 2023/24 apresentaram uma leve redução, para 13,18 milhões de toneladas.

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