Stone (STOC31): BTG corta preço-alvo em 46% e vê cenário ainda mais difícil para maquininha
O BTG Pactual cortou o preço-alvo da Stone (STNE) em 46%, de US$ 22 para U$ 15, após incorporar um cenário macroeconômico mais difícil. A recomendação neutra foi mantida.
Segundo os analistas Eduardo Rosman, Thiago Paura e Ricardo Buchpigue, a combinação da taxa Selic mais alta com os custos relacionados ao crescimento mais volumosos e as margens líquidas próximas de zero irão pesar para a companhia.
“O retorno de seu produto de crédito provavelmente levará um tempo para fluir adequadamente pelo P&L (resultados) e, portanto, esperamos uma recuperação só em 2023, embora a visibilidade seja ruim”, argumenta.
Valor de mercado evapora
A empresa, que vem sofrendo com a disparada da Selic desde o ano passado, viu o seu valor de mercado cair também em 2022.
Até agora, em fevereiro, as ações caíram mais de 30% (e 36% no acumulado do ano), dando a ela um valor de mercado de “apenas” R$ 16,9 bilhões, quase 90% abaixo do pico de um ano atrás.
Stone não está à venda
Em entrevista ao Estadão, o CEO negou que a empresa esteja à venda, como especularam algumas reportagens nas últimas semanas.
Outras startups de pagamentos da América Latina também vêm sofrendo. A PagSeguro (PAGS), maior rival da Stone, caiu 73% nos últimos 12 meses. A empresa, do bilionário Luis Frias, também tem se expandido para serviços bancários.
Avanços em tecnologia remodelaram a indústria financeira ao redor do mundo, com efeito particularmente significativo na América Latina. A região, com apenas 8% da população mundial, sofre com serviços bancários caros e é dominada por grandes conglomerados.
Investidores globais, incluindo o SoftBank Group Corp. e a Berkshire, têm apoiado o crescimento de novos entrantes.
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