Stone é sempre “uma surpresa positiva”, afirma o BTG Pactual
O BTG Pactual realizou uma teleconferência com o diretor de Relações com Investidores da Stone (STNE), Rafael Martins, e saiu bem impressionado da conversa. Segundo o banco, a Stone traçou três prioridades para enfrentar a crise do coronavírus.
A primeira é proteger a saúde dos funcionários. Para tanto, determinou o trabalho remoto para todos do back-office e para a maior parte da equipe comercial.
A segunda é ajudar as pequenas e médias empresas (PMEs), que representam uma fatia considerável de sua clientela. Uma medida foi a aprovação de um fundo de ajuda de R$ 130 milhões para as PMEs.
Outra estratégia é facilitar a transição dos clientes para o e-commerce. A Stone está oferecendo, gratuitamente, softwares para integrar as vendas físicas com as pela internet.
Insuficiente
Eduardo Rosman e Thomas Peredo, que assinam o relatório do BTG Pactual, observam que, embora essas iniciativas sejam positivas, não serão suficientes para evitar a queda do volume total de pagamentos (TPV, na sigla em inglês) de setores muito dependentes de lojas físicas.
A última prioridade da Stone elogiada pelo banco é a tentativa de se aproximar do poder público, a fim de contribuir com a elaboração de soluções que garantam que a economia continue girando.
“Com uma clientela de mais de 500 mil pequenas e médias empresas, a Stone está numa boa posição para servir de ponte entre o governo e as PMEs, com o único propósito de ajudar (sem cobrar tarifas)”, afirmam os analistas.
“A Stones sempre nos surpreende positivamente, e, em tempos conturbados, empresas especiais e uma gestão bem talhada merecem um prêmio”, acrescentam. A recomendação é de compra do papel, com preço-alvo de US$ 46, um potencial de alta de 64%.