STF reduz sessões presenciais para evitar aglomeração
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu hoje (18) reduzir a frequência de realização de sessões presenciais para evitar aglomerações de pessoas nas dependências da Corte devido à pandemia do novo coronavírus (COVID-19).
Com a decisão, as sessões deixam de ser semanais e passarão a ser realizadas a cada 15 dias. A medida vale para as reuniões do plenário e das duas turmas.
Pela norma aprovada durante reunião administrativa, o tribunal não será fechado. Os ministros e servidores vão continuar trabalhando, mas de forma remota, por meio do sistema eletrônico de processos.
O trabalho ocorrerá em casa ou nos gabinetes. Os julgamentos virtuais também serão ampliados pelo Supremo.
A proposta de redução da sessões foi feita pelo ministro Luís Roberto Barroso e aceita por maioria de votos pelos colegas.
No entendimento do ministro, as recomendações do Ministério da Saúde para combater o novo coronavírus também devem ser seguidas no STF. Barroso demonstrou preocupação com os próprios ministros, advogados e servidores.
No STF, vários ministros da Corte têm mais de 60 anos e estão no grupo de maior risco de ter complicações por Covid-19.
Também há advogados que se deslocam de avião de São Paulo e Rio de Janeiro para Brasília e servidores e funcionários terceirizados que utilizam transporte público.
“À exceção de Vossa Excelência [Toffoli] e do ministro Alexandre de Moraes, estamos todos aqui no grupo de risco, com mais de 60 anos”, disse Barroso.
Em Brasília, o Superior Tribunal de Justiça (STJ), o Superior Tribunal Militar (STM) e o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) tomaram medidas mais amplas e anunciaram o cancelamento das sessões para evitar a circulação de pessoas.