Startups: Empreendedores ainda preferem aportes de investidor anjo, diz Abstartups
Os investidores anjos ainda são preferidos por 49,88% dos líderes de startups, mostra uma pesquisa divulgada nesta terça-feira (31) pela Associação Brasileira de Startups e a BR Angels.
Segundo os números da pesquisa, a segunda melhor forma para os empreendedores são os grandes fundos de Venture Capital, que ficam com 19,71% dos entrevistados.
As demais posições ficam com micro Venture Capital (13,30%), seguido por outros meios (9,98%) e fundos ou entidades do governo (7,13%).
Segundo a Abstartups, a motivação da pesquisa foi investigar o cenário, os desafios e as oportunidades sobre investimentos em startups a partir da perspectiva de líderes dessas companhias.
A pesquisa dialogou com 257 startups, das quais 58% esperam triplicar a receita em 24 meses. Já 37% estimam duplicar nessa mesmo período, enquanto 2,7% pretendem manter a mesma receita e 2,3% calculam que não terão nenhum faturamento líquido nos próximos 24 meses.
Mesmo com toda essa expectativa, Luiz Othero, diretor Executivo da Abstartups, diz que o cenário para novos aportes será mais criterioso até o final do ano, o que pode dificultar ainda mais a vida do empreendedor brasileiro.
“Esperamos um cenário mais focado em análise da performance operacional, e análise de indicadores que cada startup atingir para receber rodadas grandes de investimento. No entanto, os investimentos Early Stage devem seguir com os mesmos níveis observados no ano passado, as rodadas maiores serão as mais atingidas”, diz Othero.
Relação das Startups com o investidor anjo
O estudo ainda revela que 31,7% dos empreendedores esperam que a relação com os investidores-anjo ajude a abrir portas em potenciais clientes e no uso da rede de relacionamentos.
Para Orlando Cintra, fundador e CEO do BR Angels, o capital intelectual disponibilizado pelos investidores-anjo é tão importante quanto o capital financeiro, podendo muitas vezes superar a quantia aportada a longo prazo.
“Em um cenário econômico ainda mais desafiador, ir além dos aportes financeiros se tornou vital para as startups. O capital intelectual – seja mentoria, aconselhamento ou abertura de portas em potenciais clientes – se transformou em um ativo tão ou talvez mais valioso que o próprio capital financeiro”, diz.
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