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Startup japonesa capta US$ 28 milhões para missão lunar

22 ago 2020, 18:05 - atualizado em 20 ago 2020, 12:56
A ispace foi fundada há uma década para disputar o Lunar XPrize do Google (Imagem: Site/Ispace)

A ispace, startup com sede em Tóquio, levantou US$ 28 milhões junto a investidores japoneses para ajudar a bancar sua primeira missão à lua.

A rodada da Série B foi liderada por um veículo de investimento administrado pelo Incubate Fund, com a participação também de Space Frontier Fund, Takasago Thermal Engineering e Mitsui Sumitomo Insurance, segundo comunicado divulgado pela ispace na quinta-feira. Com isso, o montante total levantado pela empresa subiu para cerca de US$ 125 milhões.

A ispace foi fundada há uma década para disputar o Lunar XPrize do Google, um prêmio de US$ 20 milhões para o primeiro time com financiamento privado que conseguisse pousar na lua, percorrer 500 metros e transmitir vídeo de alta definição para a Terra.

A competição terminou sem um vencedor em 2018, mas várias equipes persistiram, apostando que o aumento dos gastos governamentais com missões lunares e a queda do custo de atingir a órbita poderiam sustentar um pequeno segmento de aspirantes a exploradores espaciais. A ispace se autodenomina versão lunar da FedEx e pretende ganhar dinheiro transportando equipamento científico e bens comerciais para a lua.

A companhia planeja realizar sua primeira missão de pouso lunar em 2022 e uma segunda missão no ano seguinte para explorar a superfície da lua com um veículo. Os dados de imagem, telemetria e ambientais coletados durante essas duas viagens ajudarão a empresa a lançar uma plataforma para auxiliar clientes em potencial no planejamento de suas próprias missões.

“Esse novo investimento e lançamento do nosso novo conceito de oferecimento de dados lunares não apoiarão apenas o desenvolvimento constante do negócio da ispace, como também provarão que a ispace poderá liderar globalmente o desenvolvimento da economia lunar, expandindo a presença da humanidade no espaço e criando um mundo mais sustentável”, afirmou o fundador Takeshi Hakamada no comunicado.