Startup chinesa dForce arrecada US$ 1,5 milhão em rodada de financiamento
dForce, startup chinesa de finanças descentralizadas (DeFi), arrecadou US$ 1,5 milhão em uma recente rodada de financiamento.
A rodada foi liderada pela Multicoin Capital, com participação da Huobi Capital e China Merchants Bank International (CMBI), o braço de investimentos de um dos maiores bancos da China.
“dForce está criando a primeira ‘super-rede’ de protocolos DeFi”, afirmou a presidente da Multicoin Capital Mable Jiang em relação a “superaplicativos”, como WeChat e Kakao, usado diariamente pelas pessoas por conta da experiência integrada.
“O ecossistema dForce é unido pelo $DF, o token nativo da plataforma. Assim, usuários do ecossistema dForce podem, de forma ininterrupta, percorrer por diversos protocolos financeiros que os permitem fornecer e tomar empréstimos ou lucrar sem terem que mudar de plataforma ou de token”, afirmou Jiang.
dForce mantém dois protocolos principais: a plataforma de empréstimos Lendf.Me e a stablecoin sintética lastreada em dólar USDx.
Lendf.Me, lançada em setembro de 2019, se tornou o sétimo maior mercado DeFi em questão de valor, de acordo com o site DeFi Pulse: cerca de US$ 24 milhões.
No início deste ano, Mindao Yang, fundador e CEO da dForce, contou ao The Block que o crescimento da Lendf.Me veio após o acréscimo de suporte para a stablecoin tether (USDT) e a expansão de suas opções de garantia para incluir o token imBTC, gerador de lucros e criado na Ethereum.
Para questões de comparação, Maker e Compound, gigantes empresas do setor DeFi, têm valor total de US$ 351 milhões e US$ 91 milhões, respectivamente, de acordo com o DeFi Pulse.
No início de 2020, Compound alegou que dForce roubou seu código de programação protegido por direitos autorais. Após The Block ter entrado em contato com a dForce para obter comentários, a empresa acrescentou uma atribuição à Compound em seu site e em sua página no GitHub.
Na época, Yang declarou que estava surpreso pela Compound nunca ter entrado em contato com a dForce em relação à possível violação de direitos autorais. Porém, Robert Leshner, CEO da Compound, disse ao The Block que a empresa está avaliando suas opções jurídicas sobre o assunto.
Mas isso não parece ser uma preocupação para os investidores da dForce. Jiang, da Multicoin, acredita que a startup já estabeleceu uma base “significativamente inalterável” ao focar primeiramente na localização chinesa.
Pensando no futuro, “em breve”, a dForce irá lançar protocolos de aumento de receita e de negociação, acrescentou Jiang.