Starbucks tem receita recorde de US$ 9,4 bilhões e ignora pedido de recuperação judicial de rede no Brasil
A Starbucks obteve lucro líquido de US$ 1,22 bilhão, ou US$ 1,06 por ação, no quarto trimestre de seu ano fiscal 2023, encerrado em 30 de setembro, informou a companhia na quinta-feira (2).
Trata-se de uma alta de 38,8%, quando comparado com o mesmo período do ano passado. Além disso, a empresa registou uma receita líquida recorde de US$ 9,4 bilhões no trimestre, após uma alta de 11,3%.
Segundo o relatório da Starbucks, no período, foram abertas 816 lojas da marca pelo mundo, totalizando 38 mil unidades. No entanto, a companhia evitou citar o pedido de recuperação judicial da SouthRock, operadora da Starbucks o Brasil.
Controladora do Starbucks no Brasil tem dívida de R$ 1,8 bilhão
A rede de cafeteria possui 187 lojas próprias em território brasileiro. O pedido de R$, feito no dia 31 de outubro, estima que as dívidas da gestora giram em torno de R$ 1,8 bilhão.
A empresa, do investidor norte-americano Ken Pope, entrou com o pedido de RJ em São Paulo alegando que “é onde são realizadas as operações comerciais que geram a maior parte das receitas e onde estão situados os ativos mais relevantes”.
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A SouthRock explica que solicitou a recuperação judicial para proteger financeiramente algumas de suas operações no Brasil atrelado a decisões estratégicas para ajustar seu modelo de negócio ao atual cenário econômico.
“Os ajustes incluem a revisão do número de lojas operantes, do calendário de aberturas, de alinhamentos com fornecedores e stakeholders, bem como de sua força de trabalho tal como está organizada atualmente”, reforça.
No entanto, a Justiça de São Paulo não aceitou o pedido de urgência de RJ, alegando que a empresa tem condições de se recuperar após o processo.
Pedido de recuperação judicial afeta fundos imobiliários
Pelo menos dois FIIs estão expostos ao Starbucks. O Riza Akin (RZAK11), gerido pela Riza Asset, e o Kilima Volkano Recebíveis Imobiliários (KIVO11), da gestora Kilima.
O RZAK11 investe em ativos de crédito privado e securitização. Com isso, três Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) do Starbucks fazem parte da composição da carteira do FIIs. Os recebíveis têm vencimentos em 18 de fevereiro de 2028.
Dada a exposição, o fundo imobiliário liderava as perdas no pregão de quarta-feira (1º) entre os listados no índice de referência do setor (Ifix) da B3.
Por sua vez, o relatório gerencial do KIVO11, de outubro, mostra exposição a um CRI com vencimento em agosto de 2027, emitido pela securitizadora Virgo.
Outro FII de recebíveis com CRIs da rede de cafeterias norte-americana no portfólio é o Iridium Recebíveis Imobiliários (IRDM11), conforme o relatório mensal do fundo de setembro deste ano.
*Com Flávya Pereira