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“Starbucks da China” entra com pedido de IPO nos Estados Unidos

23 abr 2019, 3:19 - atualizado em 01 maio 2019, 15:52
Luckin Coffee entrou com pedido de IPO nos Estados Unidos (Divulgação/Luckin Coffee)

A Luckin Coffee Inc, ambiciosa startup que está desafiando a Starbucks na corrida para dominar a crescente cultura de café da China, entrou com pedido de uma oferta pública inicial nos Estados Unidos.

A companhia sediada em Pequim solicitou na Securities and Exchange Commission (SEC) pedido para listar seus ADRs na Nasdaq com o código LK. O objetivo da empresa é levantar até US$ 300 milhões no IPO.

Os bancos Credit Suisse, Morgan Stanley, CICC e Haitong International estão coordenando a oferta.

Vista como uma startup “unicórnio” na China, a empresa rapidamente ganhou fama com seus serviços de pedidos por meio de seus aplicativos de telefonia móvel, juntamente com opções de coleta e entrega, que oferecem cupons de descontos altos para compras adicionais de café.

Em 18 meses, a marca expandiu-se de uma única loja experimental em Pequim para 2.370 lojas em 28 cidades da China em 31 de março. A rede de café registrou US $ 195 milhões em vendas nos 12 meses encerrados em 31 de março.

Ainda neste mês, a companhia emitiu 173.182 ações preferenciais resgatáveis ​​e conversíveis para determinados investidores. A empresa levantou na operação US $ 150 milhões, incluindo de fundos privados administrados pela BlackRock.

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Disputa

A startup enfrenta agora uma batalha difícil contra a Starbucks, já que a concorrente entrou na China há 20 anos e domina mais de 50% do mercado, segundo dados de 2018 da Euromonitor. A Luckin detinha apenas uma participação de 2,1% no ano passado.

A Starbucks tem mais de 3.700 pontos de venda no gigante asiático e também está expandindo a uma velocidade incrível, abrindo uma nova loja a cada 15 horas. O objetivo é ter 6.000 unidades na China até 2023.

A China pode se tornar um mercado cada vez mais importante para os varejistas de café devido ao baixo consumo per capita do país e à crescente riqueza da classe média, disseram analistas consultados pela Bloomberg em janeiro. Estima-se que o consumo de café cresça cerca de 3% ao ano até 2023, segundo o Euromonitor.