Standard Chartered não sabe a origem da fortuna de alguns clientes
O Standard Chartered, multado em bilhões de dólares desde 2012 por violações regulatórias, descobriu que não pode explicar como alguns de seus clientes mais ricos acumularam suas fortunas. O banco está revisando milhares de contas de clientes da divisão de private bank.
Uma revisão regulatória realizada por Dubai há dois anos, que não havia sido divulgada anteriormente, constatou que a unidade de private bank não possuía documentação para mostrar as fontes de recursos de alguns clientes e, em alguns casos, faltavam dados básicos, como endereços e números de telefone atuais, de acordo com pessoas com conhecimento da situação.
Falhas semelhantes foram identificadas em grandes centros, incluindo Cingapura, Hong Kong e Londres, disseram as pessoas.
Esta não é a primeira tentativa fracassada no combate à lavagem de dinheiro do banco. Em abril, a agência reguladora do setor financeiro do Reino Unido multou a instituição em 102 milhões de libras (US$ 127 milhões) por “deficiências sérias e sustentadas” na verificação de dados de clientes, incluindo nos Emirados Árabes Unidos entre 2009 e 2014.
O valor fazia parte de um acordo de US$ 1,1 bilhão com reguladores dos EUA e do Reino Unido, que também obrigaram o Standard Chartered a investigar transações que violavam sanções ao Irã e a outros países.
“O private bank do Standard Chartered fez enormes avanços nos últimos anos em termos de desempenho dos negócios e igualmente no estabelecimento de padrões líderes do setor para a ’due diligence’ de clientes”, afirmou o banco em comunicado por e-mail.