Stablecoins: O que são os criptoativos em expansão no mercado?
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Em crescimento no Brasil, as stablecoins, ou “moedas estáveis”, são criptoativos que buscam oferecer maior estabilidade no setor cripto, marcado pela alta volatilidade. Elas costumam manter paridade com moedas oficiais e outros ativos, como o dólar americano, o euro e o ouro. Por serem moedas descentralizadas, elas são alternativas para investidores que querem proteger seu patrimônio da inflação e desejam operar no mercado digital com rapidez.
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Essas moedas são divididas em diferentes tipos, lastreadas de formas diferentes e ofertadas para diversos perfis de investidores. Confira:
Stablecoins centralizadas
Mais populares, as fiat-backed, stablecoins apoiadas por moedas fiduciárias, são as mais populares do mercado e no Brasil. Elas são feitas para espelhar o valor de moedas tradicionais, como o dólar e o euro, e oferecem resiliência contra a manipulação no preço, mas podem representar reservas mais voláteis e arriscadas.
Os exemplos mais conhecidos são Tether (USDT) e Circle (USDC), moedas utilizadas para trocas e tramitações. A primeira, USDT, abriu o mercado de stablecoin e atualmente é a mais negociada no Brasil, representando 96% do total desse tipo de criptoativo negociado em março.
Tanto USDT quanto USDC possuem paridade com o dólar norte-americano.
Cripto-colateralizadas
Voláteis e descentralizadas: essas são características das moedas conhecidas como crypto-backed, ou cripto-colateralizadas. No geral, são lastreadas em criptomoedas descentralizadas e sua base volátil pode fazer com que elas sofram variações de preço.
Assim, para garantir estabilidade é necessário que haja over-collateralization, medida realizada para fazer com que a garantia seja suficiente para cobrir possíveis perdas em caso de inadimplência. Nesse caso, um usuário pode ter que depositar US$ 150 em cripto para cunhar US$ 100 no valor da stablecoin.
A DAI, da MakerDAO, é a mais conhecida e também busca se aproximar do dólar.
Algorítmicas
Polêmicas, essas moedas aproveitam algoritmos e mecanismos de incentivo para manter a estabilidade no preço. Como a segurança depende da demanda de mercado, elas podem sofrer um processo de de-pegging: quando o valor de uma stablecoin desvia significativamente do valor indexado, processo sofrido pela Terra (Luna) em maio do ano passado.
Atualmente, uma das moedas estáveis mais utilizadas é a Basis Cash (BAC).
Baseadas em commodities
Por último, essas são moedas pareadas por outros bens físicos, como reservas de metais preciosos e até mesmo petróleo. Por isso, são ativos que podem sofrer variação no preço e dependem da estabilidade do produto físico.
Algumas moedas conhecidas são a Paxos Gold (PAXG) e a Tether Gold (XAUt). Ambas têm como base reservas físicas de ouro.