Stablecoins: O que são os criptoativos em expansão no mercado?
Em crescimento no Brasil, as stablecoins, ou “moedas estáveis”, são criptoativos que buscam oferecer maior estabilidade no setor cripto, marcado pela alta volatilidade. Elas costumam manter paridade com moedas oficiais e outros ativos, como o dólar americano, o euro e o ouro. Por serem moedas descentralizadas, elas são alternativas para investidores que querem proteger seu patrimônio da inflação e desejam operar no mercado digital com rapidez.
- As melhores e as piores ações de 2023: Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3) estão na lista? Confira no Giro do Mercado desta quinta-feira (28) e prepare sua carteira para o próximo ano, é só clicar aqui:
Essas moedas são divididas em diferentes tipos, lastreadas de formas diferentes e ofertadas para diversos perfis de investidores. Confira:
Stablecoins centralizadas
Mais populares, as fiat-backed, stablecoins apoiadas por moedas fiduciárias, são as mais populares do mercado e no Brasil. Elas são feitas para espelhar o valor de moedas tradicionais, como o dólar e o euro, e oferecem resiliência contra a manipulação no preço, mas podem representar reservas mais voláteis e arriscadas.
Os exemplos mais conhecidos são Tether (USDT) e Circle (USDC), moedas utilizadas para trocas e tramitações. A primeira, USDT, abriu o mercado de stablecoin e atualmente é a mais negociada no Brasil, representando 96% do total desse tipo de criptoativo negociado em março.
Tanto USDT quanto USDC possuem paridade com o dólar norte-americano.
Cripto-colateralizadas
Voláteis e descentralizadas: essas são características das moedas conhecidas como crypto-backed, ou cripto-colateralizadas. No geral, são lastreadas em criptomoedas descentralizadas e sua base volátil pode fazer com que elas sofram variações de preço.
Assim, para garantir estabilidade é necessário que haja over-collateralization, medida realizada para fazer com que a garantia seja suficiente para cobrir possíveis perdas em caso de inadimplência. Nesse caso, um usuário pode ter que depositar US$ 150 em cripto para cunhar US$ 100 no valor da stablecoin.
A DAI, da MakerDAO, é a mais conhecida e também busca se aproximar do dólar.
Algorítmicas
Polêmicas, essas moedas aproveitam algoritmos e mecanismos de incentivo para manter a estabilidade no preço. Como a segurança depende da demanda de mercado, elas podem sofrer um processo de de-pegging: quando o valor de uma stablecoin desvia significativamente do valor indexado, processo sofrido pela Terra (Luna) em maio do ano passado.
Atualmente, uma das moedas estáveis mais utilizadas é a Basis Cash (BAC).
Baseadas em commodities
Por último, essas são moedas pareadas por outros bens físicos, como reservas de metais preciosos e até mesmo petróleo. Por isso, são ativos que podem sofrer variação no preço e dependem da estabilidade do produto físico.
Algumas moedas conhecidas são a Paxos Gold (PAXG) e a Tether Gold (XAUt). Ambas têm como base reservas físicas de ouro.