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Sri Lanka deseja criar sistema de dados em blockchain para melhorar inclusão financeira

08 jul 2020, 8:43 - atualizado em 08 jul 2020, 8:43
Sri Lanka deseja melhorar o acesso a serviços financeiros ao implementar um sistema baseado em blockchain para o compartilhamento de dados de clientes (Imagem: Unsplash/@marianaproenca)

O Banco Central do Sri Lanka começou a desenvolver uma prova de conceito (PoC) para um sistema compartilhado de Conheça seu Cliente (KYC) baseado em blockchain.

Para tal, o banco central firmou uma parceria com entidades — o banco local Sampath Bank e a Faculdade de Computação da Universidade de Colombo, a startup sueca de blockchain Norbloc AB e empresas locais de tecnologia Yaala Labs e Linearsix — para desenvolver a PoC.

O projeto almeja melhorar a infraestrutura financeira digital do país. Deshamanya Weligamage Don Lakshman, presidente do banco central, afirmou que avaliar a aplicabilidade do blockchain para um sistema compartilhado de KYC poderia aumentar “amplamente” a inclusão financeira digital dos srilankeses.

“KYC compartilhado abre portas para novas oportunidades de aumentar o acesso a serviços financeiros por meio da integração digital e remota”, acrescentou ele.

Em um sistema compartilhado de KYC, a identidade de clientes do banco são verificadas mais rápido por meio de uma base de dados comum que, por sua vez, os ajudam a negociar instrumentos financeiros mais rápido.

Porém, tais sistemas possuem seus próprios desafios, como lavagem de dinheiro (se um banco possuir programas falhos de KYC, pode afetar outros bancos do sistema compartilhado).

Outros problemas incluem regulamentação (como a Regulação Europeia Geral de Proteção de Dados, ou GDPR, que exige a permissão de clientes para o compartilhamento de seus dados pessoais) e altos custos para criar um mecanismo compartilhado, dentre outros desafios.

Leis de proteção de dados
e registro distribuído:
de quem são os dados?

Porém, o banco central do Sri Lanka acredita que ter a PoC para o mecanismo compartilhado de KYC irá, “sem dúvidas, ajudar no avanço de serviços financeiros no país”.

O banco central havia anunciado seu plano para tal mecanismo em dezembro de 2019. Na época, havia convidado bancos locais e empresas de tecnologia da informação (TI) para participarem voluntariamente da iniciativa.

Recebeu inscrições de mais de 40 empresas, incluindo 17 empresas estrangeiras e, então, selecionou candidatos para desenvolver a PoC. Espera-se que a prova de conceito seja finalizada nos próximos seis a nove meses.

Em um desenvolvimento parecido em 2016, R3 e um consórcio de dez bancos desenvolveu uma PoC para um registro compartilhado de KYC. Alguns grandes bancos envolvidos na PoC eram BBVA, ING, Northern Trust, Société Générale e UBS, dentre outros.

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